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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Algumas reflexões na morte de Gaddafi, feitas por nós nacionalistas lusitanos

Algumas reflexões na morte de Gaddafi, feitas por nós nacionalistas lusitanos


Muammar al-Gaddafi
Todos viram as imagens tomadas pouco antes da morte do Coronel Muammar al-Gaddafi, ou Kadafi, como é mais conhecido no Brasil. Elas revelam claramente que o estadista líbio foi achincalhado e torturado fisicamente e, em seguida, assassinado pelos “rebeldes”, criminosos que não contam com apoio popular, muito pelo contrário, e que só alcançaram o triunfo na guerra - e a duras penas - por conta dos pesados ataques da OTAN às forças de Gaddafi.

O bárbaro crime de que foi vítima o Coronel Gaddafi deveria ser investigado, com o julgamento e condenação dos responsáveis, e o mesmo deveria ocorrer com relação a todos os incontáveis crimes perpetrados pelos “revolucionários” líbios, que, diga-se de passagem, de revolucionários nada têm, não passando de sicários a serviço das forças do capitalismo e do imperialismo internacional, do mamonismo apátrida, amoral e anti-humano que escraviza as nações. É, claro, porém, que tais crimes ficarão impunes, assim como os crimes, ainda mais graves, das forças da OTAN, cujos bombardeios devastaram cidades inteiras e causaram a morte de milhares de civis inocentes.

Deploramos todos estes crimes e sabemos que, lamentavelmente, a Líbia dos “rebeldes” não será em nada melhor do que a de Gaddafi, muito pelo contrário, salvo para os grandes grupos econômico-financeiros internacionais, para o capitalismo selvagem, absorvente e explorador que fará daquele país mais uma de suas colônias. Os criminosos “rebeldes”, heroicizados pela grande imprensa liberal-burguesa a serviço dos espúrios interesses do Sinédrio que controla o Império de Mamon ou do Bezerro de Ouro, devorador da Religião, da Propriedade e da Família e escravizador de homens e de nações, os criminosos “rebeldes” que tantos bárbaros assassínios têm perpetrado sob a complacência desta mesma grande imprensa e dos (des)governos servos do imperialismo econômico e do mamonismo absorvente das energias vitais das nações, esses “rebeldes” logo principiarão a lutar entre si, disputando o poder. E a Líbia, com eles, mesmo que não ocorram tais lutas, estará mais distante da verdadeira e autêntica Democracia do que esteve no tempo do governo de Gaddafi, salvo na opinião daqueles que não compreendam como Democracia verdadeira e autêntica a Democracia Orgânica Integral, mas sim a democracia inautêntica e inorgânica do liberalismo, a partidocracia vassala do corrosivo sistema a que denominamos capitalismo.

Não comungamos de todas as ideias do falecido autor do Livro verde, mas concordamos, por exemplo, com muitas de suas críticas à liberal-democracia, aos partidos políticos, ao capitalismo, ao imperialismo. Do mesmo modo, não aceitamos todas as medidas que Gaddafi tomou no governo de seu país, mas aprovamos muitas delas, como a nacionalização do petróleo e dos bancos, não podendo deixar de reconhecer que o Coronel Gaddafi foi o principal responsável pelo fato de a Líbia se haver transformado num verdadeiro oásis de prosperidade dentro do Continente Africano, com índices de desenvolvimento econômico e social invejáveis mesmo para os países da África Setentrional, da África Mediterrânea, muito mais desenvolvida do que a África Subsariana.

Como não podíamos de deixar aqui ficam uns apontamentos muito sucintos sobre o que este homem com muitos defeitos, mas também muitas virtudes fez pelo seu país e seu povo:

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Como sempre, convém ver o outro lado da moeda.
O que os Media NÃO vão mostrar:


I - KADDAFI,
POR PIOR QUE SE QUEIRA CONSIDERAR OU JULGAR, TEMOS QUE REFERIR E DAR A CONHECER QUE A ONU CONSTATOU EM 2007, O SEGUINTE:


1 - Maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África ;

2 - Ensino gratuito até à Universidade;

3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, etc... e com tudo pago;

4 - Ao casar, o casal recebe até 50.000 USA para adquirir seus bens;

5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;

6 - Empréstimos pelo Banco estatal sem juros;

7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo, que vem tornando o deserto (95% da Líbia)  em fazendas produtoras de alimentos.;

E assim ia.

II - PORQUE DETONAR A LÍBIA ENTÃO?....

Três (3) principais motivos:

1 - Possuir o seu petróleo, de boa qualidade e com volume superior a 45 biliões de barris em reservas;

2 - Fazer com que todo mar Mediterrâneo fique sob controle da NATO. Só falta agora a Síria;
3 - E provavelmente, um dos maiores motivos, é que o Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema mundial Financeiro.

As suas reservas são toneladas de ouro, dando cobertura ao valor da moeda, o dinar, e desatrelado das flutuações do dólar.

O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, por ter apresentado e  quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.


III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:

1 - A NATO comandada pelos EUA, já bombardearam as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infra estrutura de água, esgoto, gás e luz estão seriamente danificados;

2 - As bombas usadas contem DU (Urânio empobrecido) tempo de vida 3 biliões de anos (causa câncer e deformações genéticas);

3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicologicamente por causa das explosões que parecem um terramoto e racham as casas;

4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da NATO, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;

5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;

6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia,  deixam o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egipto. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;

7 - Mesmo que o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver: Água e comida. De uma população de 6,5 milhões de pessoas.

Em suma: O bombardeio "humanitário", acabou com a nação líbia. Nunca mais haverá a nação Líbia. Foram varridos do mapa.

SIMPLES ASSIM, COMO SE ESSAS VIDAS NADA REPRESENTASSEM..., A FAVOR DE UMA LIBERDADE QUE SÓ OS EUROPEUS E AMERICANOS CONHECEM, E QUANDO LHES CONVÉM.

Gaddafi não foi um tirano, sobretudo porque sempre governou pensando no Bem Comum do povo líbio, cujo desenvolvimento promoveu consideravelmente. E é digna de admiração a resistência líbia por ele comandada, que, lutando estoicamente, impôs vários reveses a um inimigo imensamente superior em armas e recursos, infligindo várias derrotas humilhantes aos “rebeldes” e se estendendo por meses a fio.

Causa-nos asco ver tantas pessoas que embora se proclamem nacionalistas, apoiaram – sob influência da grande imprensa e de certos jornalistas liberais – a agressão imperialista à Líbia e mesmo o assassínio do “tirano” Gaddafi. Esperamos de todo o coração que tais pessoas mudem de ideia e que percebam um dia o quanto o ideário da grande imprensa e desses jornalistas liberais e abertamente antinacionalistas e mesmo antipatrióticos se configura na antítese do ideário autenticamente nacionalista.

Encerramos este artigo, desejando que a Líbia, um dia, retorne ao caminho do seu desenvolvimento integral e ao caminho da verdadeira e autêntica Democracia, e que a história faça justiça a Gaddafi e á sua obra.

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