Um partido nacionalista e anti-imigração obteve uma votação recorde nas eleições gerais na Finlândia no último domingo. O fato reflecte uma tendência em países nórdicos e da Europa Ocidental.
A frase “crescimento da extrema direita” tem sido usada com frequência para descrever a actual conjuntura política nesses países.
Entretanto, em cada país os partidos têm características próprias que não necessariamente se encaixam na definição tradicional de extrema direita.
França
A Frente Nacional (FN) vem ressurgindo sob o comando de sua nova líder, Marine Le Pen. Nas últimas eleições locais, em Março de 2011, o partido obteve cerca de 15% do total de votos no primeiro turno e 12% no segundo. Em algumas disputas, quando chegou ao segundo turno, o partido alcançou 40% dos votos.
Pesquisas de opinião sugerem que Le Pen pode chegar ao segundo turno nas eleições presidenciais de 2012, concorrendo com o presidente Nicolas Sarkozy.
A candidata é conhecida por ser contra a imigração, o islamismo e o euro, mas vem tentando amenizar a imagem de partido xenófobo que acompanha o FN desde o tempo em que foi dirigido por seu pai, Jean-Marie Le Pen.
Itália
A Liga Norte obteve apenas 8,3% dos votos nas eleições nacionais de 2008, mas exerce uma influência muito maior. Isso porque o partido integra a coligação governamental do premiê Silvio Berlusconi e o apoia em um período em que sua popularidade está em queda.
Como condição para esse apoio, o partido obteve permissão para avançar sua plataforma federalista no parlamento - a Liga Norte quer que o norte industrializado da Itália tenha mais controle sobre os impostos que arrecada e que o governo conceda menos subsídios ao sul.
O partido também está impondo sua política linha dura sobre imigração. O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, pertence à Liga Norte.
Ele prometeu reverter a onda de imigração vinda do empobrecido norte africano, mas também deu a muitos imigrantes livre acesso à França, o que está gerando tensão com a França.
Holanda
O Partido da Liberdade da Holanda, liderado por Geert Wilders, conquistou 15,5% dos votos nas eleições gerais de 2010, ficando em terceiro lugar. Não é parte da coligação liberal conservadora de minoria do governo, mas é um parceiro - dando ao governo o apoio de que precisa para uma maioria, em troca de influência sobre as políticas adoptadas.
Entre as primeiras políticas anunciadas pela coligação estavam planos para a proibição do véu islâmico completo e cortes na imigração.
O Partido da Liberdade não é uma organização de extrema direita convencional. Wilders já expressou grande apoio a Israel e defende valores liberais holandeses em questões como a homossexualidade. Mas ele é fervorosamente anti-islâmico e já foi a julgamento sob a acusação de incitar o ódio contra muçulmanos.
Suíça
Desde 1999, o Partido do Povo Suíço, de direita, tem sido o maior partido na assembleia federal, alcançando 28,9% dos votos em 2007.
Sob a influência de seu líder, Christoph Blocher, tornou-se mais céptico em relação à Europa e vem adoptando uma linha cada vez mais dura sobre a imigração.
Uma campanha recente do partido gerou controvérsia ao usar posteres mostrando carneiros negros sendo chutados para fora da Suíça - embora o partido negue qualquer conotação racial.
Em um referendo em 2009, o Partido do Povo Suíço foi vitorioso em sua campanha para vetar a construção de minaretes. Segundo o partido, as construções são um indício de "islamização". Mais uma vez, os posteres da campanha causaram controvérsia, mostrando minaretes na bandeira suíça como se fossem mísseis.
Finlândia
O apoio ao Partido dos Verdadeiros Finlandeses foi de 4% nas eleições parlamentares de 2007 para 19% em 2011. Há boas chances de que o partido participe de negociações para integrar a coligação de governo.
Sua posição fortemente anti-Europa contrasta com o apoio entusiástico oferecido nos últimos anos pela Finlândia ao projecto de integração da União Europeia (UE).
Seu sucesso tem sido vinculado à insatisfação com os pacotes económicos de resgate oferecidos pela UE aos membros que passam por dificuldades financeiras.
O partido também se opõe à imigração e abraça o que chama de valores tradicionais da cultura finlandesa.
Dinamarca
O Partido do Povo Dinamarquês é o terceiro maior no parlamento. Embora não seja parte do governo, desde 2001 vem dando importante apoio à coligação liberal-conservadora, em troca de influência sobre suas políticas.
Quer proibir a imigração de países não-ocidentais e assimilar imigrantes actuais.
Sua posição anti-islâmica é vista com simpatia por alguns dinamarqueses, especialmente após os incidentes ocorridos em 2005 e 2006, quando a publicação de caricaturas do Profeta Maomé em um jornal dinamarquês provocaram protestos mundiais e ataques contra instituições dinamarquesas.
Suécia
Em eleições gerais em 2010, os Democratas da Suécia levaram 5,7% dos votos. Como resultado, pela primeira vez, conseguiram assentos no parlamento.
Seu sucesso negou à coligação de centro-direita uma maioria absoluta. Entretanto, os Democratas da Suécia estão politicamente isolados pelos outros partidos.
Sua plataforma política prevê cortes em imigração e repatriação voluntária de imigrantes. O partido tem fortes vínculos com o Partido do Povo Dinamarquês.
A frase “crescimento da extrema direita” tem sido usada com frequência para descrever a actual conjuntura política nesses países.
Entretanto, em cada país os partidos têm características próprias que não necessariamente se encaixam na definição tradicional de extrema direita.
França
A Frente Nacional (FN) vem ressurgindo sob o comando de sua nova líder, Marine Le Pen. Nas últimas eleições locais, em Março de 2011, o partido obteve cerca de 15% do total de votos no primeiro turno e 12% no segundo. Em algumas disputas, quando chegou ao segundo turno, o partido alcançou 40% dos votos.
Pesquisas de opinião sugerem que Le Pen pode chegar ao segundo turno nas eleições presidenciais de 2012, concorrendo com o presidente Nicolas Sarkozy.
A candidata é conhecida por ser contra a imigração, o islamismo e o euro, mas vem tentando amenizar a imagem de partido xenófobo que acompanha o FN desde o tempo em que foi dirigido por seu pai, Jean-Marie Le Pen.
Itália
A Liga Norte obteve apenas 8,3% dos votos nas eleições nacionais de 2008, mas exerce uma influência muito maior. Isso porque o partido integra a coligação governamental do premiê Silvio Berlusconi e o apoia em um período em que sua popularidade está em queda.
Como condição para esse apoio, o partido obteve permissão para avançar sua plataforma federalista no parlamento - a Liga Norte quer que o norte industrializado da Itália tenha mais controle sobre os impostos que arrecada e que o governo conceda menos subsídios ao sul.
O partido também está impondo sua política linha dura sobre imigração. O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, pertence à Liga Norte.
Ele prometeu reverter a onda de imigração vinda do empobrecido norte africano, mas também deu a muitos imigrantes livre acesso à França, o que está gerando tensão com a França.
Holanda
O Partido da Liberdade da Holanda, liderado por Geert Wilders, conquistou 15,5% dos votos nas eleições gerais de 2010, ficando em terceiro lugar. Não é parte da coligação liberal conservadora de minoria do governo, mas é um parceiro - dando ao governo o apoio de que precisa para uma maioria, em troca de influência sobre as políticas adoptadas.
Entre as primeiras políticas anunciadas pela coligação estavam planos para a proibição do véu islâmico completo e cortes na imigração.
O Partido da Liberdade não é uma organização de extrema direita convencional. Wilders já expressou grande apoio a Israel e defende valores liberais holandeses em questões como a homossexualidade. Mas ele é fervorosamente anti-islâmico e já foi a julgamento sob a acusação de incitar o ódio contra muçulmanos.
Suíça
Desde 1999, o Partido do Povo Suíço, de direita, tem sido o maior partido na assembleia federal, alcançando 28,9% dos votos em 2007.
Sob a influência de seu líder, Christoph Blocher, tornou-se mais céptico em relação à Europa e vem adoptando uma linha cada vez mais dura sobre a imigração.
Uma campanha recente do partido gerou controvérsia ao usar posteres mostrando carneiros negros sendo chutados para fora da Suíça - embora o partido negue qualquer conotação racial.
Em um referendo em 2009, o Partido do Povo Suíço foi vitorioso em sua campanha para vetar a construção de minaretes. Segundo o partido, as construções são um indício de "islamização". Mais uma vez, os posteres da campanha causaram controvérsia, mostrando minaretes na bandeira suíça como se fossem mísseis.
Finlândia
O apoio ao Partido dos Verdadeiros Finlandeses foi de 4% nas eleições parlamentares de 2007 para 19% em 2011. Há boas chances de que o partido participe de negociações para integrar a coligação de governo.
Sua posição fortemente anti-Europa contrasta com o apoio entusiástico oferecido nos últimos anos pela Finlândia ao projecto de integração da União Europeia (UE).
Seu sucesso tem sido vinculado à insatisfação com os pacotes económicos de resgate oferecidos pela UE aos membros que passam por dificuldades financeiras.
O partido também se opõe à imigração e abraça o que chama de valores tradicionais da cultura finlandesa.
Dinamarca
O Partido do Povo Dinamarquês é o terceiro maior no parlamento. Embora não seja parte do governo, desde 2001 vem dando importante apoio à coligação liberal-conservadora, em troca de influência sobre suas políticas.
Quer proibir a imigração de países não-ocidentais e assimilar imigrantes actuais.
Sua posição anti-islâmica é vista com simpatia por alguns dinamarqueses, especialmente após os incidentes ocorridos em 2005 e 2006, quando a publicação de caricaturas do Profeta Maomé em um jornal dinamarquês provocaram protestos mundiais e ataques contra instituições dinamarquesas.
Suécia
Em eleições gerais em 2010, os Democratas da Suécia levaram 5,7% dos votos. Como resultado, pela primeira vez, conseguiram assentos no parlamento.
Seu sucesso negou à coligação de centro-direita uma maioria absoluta. Entretanto, os Democratas da Suécia estão politicamente isolados pelos outros partidos.
Sua plataforma política prevê cortes em imigração e repatriação voluntária de imigrantes. O partido tem fortes vínculos com o Partido do Povo Dinamarquês.
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