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sábado, 16 de julho de 2011

Saudades da Europa?!...

A integração é um processo longo, uma construção que se faz passo a passo. É uma estratégia de convivência, de relacionamento profundo, que articula o econômico, o político e o social. Mais além, a integração é um projecto civilizatório. Um bom exemplo dela? O melhor, senão único em sua natureza, é a União Europeia.

Bandeira Oficial da União Europeia

A afirmação anterior reflecte o que normalmente se ensina nas universidades sobre a integração entre países e, particularmente, sobre a integração europeia. Dos seus pais fundadores, Jean Monnet e Konrad Adenauer, nos anos 1950, ao Tratado de Maastricht, em 1992, a Comunidade Europeia é modelar nesse processo. Entretanto, graves acontecimentos recentes põem em xeque o projecto europeu e seu universalismo.
A crise económica e o conflito cultural estão desfigurando a Europa que se erigiu e se propalou como o ponto alto das relações internacionais. Três países que ingressaram na então Comunidade Europeia em 1986 – Espanha, Portugal e Grécia – e se transmutaram de nações pobres e isoladas em Estados desenvolvidos e admirados, agora estão combalidos, num estado deplorável, depauperado.
Mas não nos esqueçamos que Portugal nunca foi evoluído, foi é desenvoluindo desde que ingressou na União europeia.

Entre os mais dramáticos, o caso da Grécia lembra o colapso econômico da América Latina, nos anos 1980. Um país quebrado, sem condições de administrar suas obrigações no curto prazo, está praticamente tutelado pela cúpula da União Europeia e do FMI (leia-se Alemanha, França, Reino Unido e, por fora, os EUA).
Estes países se acomodaram num sistema de benesses criado pela lógica das assimetrias do bloco (os que tem menos recebem mais), que gerou bolhas de prosperidade e de desenvolvimento sem contrapartida de auto-suficiência. A possível moratória da Grécia – declarada ou não – será o desfecho de uma realidade tão irresponsável quanto foi aquela dos governos latino-americanos, com a notável diferença de que estes eram ditaduras, sem quaisquer controles democráticos.
Já o sonho da mobilidade, o factor humano europeu, está sendo solapado pela revisão do Acordo de Schengen, regulador da entrada e circulação de pessoas no bloco. O muro de Lampedusa, como ficará conhecido o cerco na Ilha italiana aos refugiados líbios, vai se convertendo na mensagem que os governos europeus, desenvergonhados, cravam na história contemporânea. Vale para essa Europa o que cantou Pessoa sobre o seu país, “Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro…”

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