Mais uma vez, vou transcrever três pedaços de um texto do Professor Adriano Moreira, ex-líder do CDS e dirigente da ala nacionalista patriota deste partido, que o pôs na prateleira e diz na sua direcção(Politica) que esta decrepito,e afirma que não se revê nas posições nacionalistas patriotas, e quer defender Portugal e os seus valores, acho um pouco caricato para não ser mais ofensivo....Este texto foi escrito em 1976.
Não melhorámos nada, está na altura de fazermos a mudança ou será que nunca mais aprendemos?
“Fazer face à quebra de desempenho da Sociedade e do Estado
pelo recurso imoderado ao património das nossas reservas em divisas e em oiro,
traduziu-se em usar um capital nacional como se de um rendimento se tratasse.
Pela janela escancarada da incapacidade administrativa, foi deitado fora um
património que não deveria ser utilizado legitimamente senão para o
reequipamento nacional. Em dois anos foi liquidada a reserva em divisas. Com
mais a extraordinária circunstância de se ter esperado pelo esgotamento dessas
divisas para recorrer ao oiro existente, já sem nenhuma liberdade de negociação
porque a urgência é muita. O oiro começou a partir. Tudo sem que nunca se tenha
publicado a conta dos gastos, para que se saiba como se sumiram as nossas
divisas, quem negociou e assumiu as obrigações, que entidades e pessoas
receberam o nosso dinheiro e estão a receber o nosso oiro, para fazer o quê, a
que preços e em que condições. Sabe-se apenas que, sendo pobres, alguém gastou
o mealheiro que tínhamos e nos deixou reduzidos a uma política de mendicidade.
…
A negação dos valores nacionais, que nada têm a ver com os regimes, explica em parte, mas
absolutamente não justifica, que a vida política portuguesa se tenha orientado
para aquilo que Ortega talvez chamasse um ‘espelhismo’. Não falta quem se veja
na figura de qualquer dos grandes nomes que pesam na condução dos negócios
mundiais, e sem modéstia o diga ou faça dizer. As imagens sucedem-se, as
reputações fazem-se por recorte e sobreposição. Nenhum desses interessados
parece ter sido advertido de que jamais a uma dessas figuras mundiais, ou aos
seus adeptos, lhes ocorreu comparar-se com qualquer deles. A reciprocidade não
existe. Pelo contrário, parece que os políticos estrangeiros cada vez mais se
consideram autorizados a opinar paternalmente sobre o destino português,
emitindo diagnósticos e prognósticos conforme as respectivas tendências
ideológicas. Por eles sabemos o que se projecta
para nós. E já não o fazem apenas na discreta lonjura nos seus países,
sentem-se antes no dever de opinar localmente, trazendo ou retirando apoio aos
agrupamentos. E deste modo, o País mais vai parecendo uma sucursal desses
forças estranhas, do que um centro que deve contribuir autonomamente para a
solução dos problemas que são de todos. A dimensão paroquial foi atingida.
…
Sobre ideologias é fácil dissertar e mostrar criatividade;
de contra cultura todos podem ser arautos; fidelidades internacionais são fáceis
de invocar. Mas a Intendência é para quem sabe. As grandes aventuras, a
salvação vinda do exterior, o passadismo, o futurismo, a denúncia por ofício, a
intriga por método, o boato por arma, a difamação como arte, o insulto como
distracção, o carreirismo como modo de vida, estão sempre ao alcance de
qualquer Revolta das Salamandras. A vida da Sociedade e do Estado fica assim
reduzida a uma teoria de golpes, que não necessitam de demonstração, e onde são
sempre os outros que se magoam e o interesse geral que se perde. Montar uma
administração tem outras exigências. A sociedade civil precisa de uma lei que
lhe defina a autonomia, e de um aparelho estadual que garanta o exercício dessa
autonomia. O Estado tem de assegurar o desempenho que lhe incumbe e que não
depende das lutas partidárias: a justiça, o trabalho, a saúde, os transportes,
as comunicações, as finanças, o crédito, a produção, a circulação de bens, a
salvaguarda de recursos, não podem estar à mercê dos alinhos e desalinhos de
conveniência. Têm de estar fora disso para que sejam possíveis sem dano. A
administração tem que ser entregue a um corpo com experiência, saber e
idoneidade profissional. É a primeira medida destinada a salvar o que ainda
resta. Um ponto final para que seja possível definir um novo plano de vida.
Plano cuja trave-mestra tem de ser a possibilidade de os portugueses viverem em
paz e em paz decidirem o seu futuro.”
Meditem nestas palavras!!!
Passamos de imperiais a um País pedinte, paroquial e governado por gentalha sem qualquer qualificação. Somos nós que podemos escolher alternativas e esquecermos a alternância.
Nada mais actual, e foi escrito nos anos 70,por este grande estadista Prof. Adriano Moreira e podem ver que nada mudou só piorou...
Vejam esta classe politica, seus correlegionários e vejam com olhos de ver esta corrupção institucionalizada em que vivem os que nos desgovernam e os seus amigos e familiares.
Querem que isto se mantenha? Não então no dia 5 de Junho, votem conscientes que queremos novas vozes e por isso novos partidos que vos defendam na Assembleia da Republica, votem nos partidos da direita nacionalista, que são trabalhadores e conscientes do que vocês querem para vos próprios e para os vossos filhos, esta e´a mudança, ela esta na vossa mão.
Por Portugal.
Portugal sempre.
Dever, Honra e Serviço.
Atualissimo o texto do Professor. Adriano Moreira para diversos países em que povos sofrem as dolorosas consequências dos desmandos praticados pelos mordidos pelas moscas azul e dourada. Sob a luz da História, a mencionada posição do CDS, quanto ao notável e famoso Mestre, nao se verifica: Roosevelt, Churchil, os representantes de Franca e Rússia ( o iPad nao registra os nomes destes) tinham o conhecimento acumulado que apenas a passagem do tempo permite. Adenahuer era nonagenário quando administrou o levantamento da Alemanha combalida. A nação portuguesa,dispersa pelo mundo, se convocada,
ResponderEliminarA nação portuguesa, dispersa pelo mundo,, se convocada, vencera os desafios da atual conjuntura de Portugal. A História deste pais nao e mitológica; e, sim, magnificamente real. Vale atentar, porém, para o fato de que as armas e os canhões, hoje, são outros: a munição e econômico-financeira e há vôos rasantes. O escritor José Saramago, em entrevista a TV Globo, diss, por ocasião doestouro da bolha financeira, que oitenta milhões de pessoas seriam atingidas e denominou os causadores de tanto sofrimeno, se eu nao estiver.em erro, de bandidos.
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