PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS

PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS
LUSITANOS LEVANTAI DE NOVO O ESPLENDOR DE PORTUGAL

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Afinal quem tinha visão?Salazar ?Ou quem se aproveitou foi Mário Soares?,,,

O Salazar da esquina

Dizer que Salazar era um "democrata-cristão", ainda por cima"convicto, é um absurdo tão grande que só pode ser lapso. Chame-se-lhe social-cristão ou coisa assim. Democrata, não era. Democrata-cristão? De quais? Daqueles da Rua da Imprensa à Estrela, o clube de um só sócio?
Dizer que Salazar não era fascista já não tem nada de especial. É uma velha polémica e não tem nada que ver com esquerda ou direita. António Costa Pinto é de esquerda e diz que ele não era; Manuel de Lucena é de direita e diz que ele era. O argumento deste segundo é melhor: o regime era "fascista sem movimento fascista" e só. O regime era diferente do italiano? Era. Mas também a democracia portuguesa actual é diferente da italiana e mais ainda da polaca ou da britânica. Fascismo é uma forma de regime político.
Já classificar Salazar simultaneamente como democrata-cristão e não fascista representa uma contraditória dualidade de critérios, pois tem como implícita uma lata definição de democracia-cristã e uma estreita definição de fascismo. Uma coisa é certa: a análise política do salazarismo tem de ser feita no espelho europeu.
Quanto ao Salazar e a Europa, há muito que dizer. Ele "queria aproximar-se" e "não se percebe o que lhe estava a passar pela cabeça". Não, as coisas são um pouco diferentes e percebem-se. A CEE era um mercado comum, não era a União Europeia. Quem tratava do assunto era lá o secretário de Estado do Comércio, o famoso mas ainda sem nome de rua (?) Correia de Oliveira. Era preciso ser democracia? Não, em 1972, nas vésperas da entrada do RU na CEE, foi dado a Portugal o estatuto pedido em 1962 (e o mesmo a Espanha, em 1970). Há um autor espanhol, Fernando Girao, que prova nos arquivos que a democracia não era um problema para Bruxelas - era, isso sim, para os governos nacionais, por causa das opiniões públicas. Mas isso não os impedia de assinar tratados de comércio - que era, repita-se, o que a CEE fazia, em 1962 (e em 1972, mais ou menos...).
E era Salazar um ruralista? Não, não era, pelo menos não sempre. A agricultura portuguesa foi bastante protegida,mas houve políticas de agricultura mal aplicadas ,no terreno pelo governo na década de 1960,devido a maus hábitos recebíamos quantidades enormes de produtos alimentares,vindos das nossas Ex-Províncias Ultramarinas...
No meio disto tudo ainda não li o livro porque estou indeciso se o hei-de ler em inglês ou em português. Não por causa da qualidade da tradução, que já me disseram que era boa. Mas sim porque não sei se ponha a cabeça a pensar em inglês ou em português quando o ler.
A blogosfera já está a aquecer com tudo isto.
Não politizem,por favor!
Sejam analistas independentes,não sejam facciosos.

Sem comentários:

Enviar um comentário