PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS

PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS
LUSITANOS LEVANTAI DE NOVO O ESPLENDOR DE PORTUGAL

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Beber demais pode danificar memória de meninas adolescentes, diz estudo efectuado

Adolescentes, especialmente do sexo feminino, que bebem grandes quantidades de álcool de uma só vez podem danificar a parte do cérebro que controla a memória e a percepção espacial, de acordo com um estudo americano.
jovens
Jovens mulheres seriam mais vulneráveis que os rapazes aos efeitos do álcool
Os cérebros de jovens mulheres são mais vulneráveis aos danos causados pelo álcool porque se desenvolvem mais cedo que os dos homens.
Por isso, segundo a pesquisa publicada em Alcoholism: Clinical and Experimental Research, aquelas que bebem demais em um curto espaço de tempo podem acabar tendo problemas ao dirigir, jogar desportos com movimentos complexos, usar mapas e ao tentar lembrar o caminho para os lugares.
Testes
Os pesquisadores de diversas universidades dos Estados Unidos fizeram testes neuropsicológicos e de memória espacial com 95 adolescentes entre 16 e 19 anos de idade.
Entre eles, 40 (27 do sexo masculino e 13 do sexo feminino) bebiam muito de uma só vez (Mais de 1,5 litro de cerveja ou quatro taças de vinho para mulheres ou mais de 2 litros de cerveja ou uma garrafa de vinho para os homens).
Os mesmo testes foram repetidos com 31 rapazes e 24 moças que não bebiam em grandes quantidades e os resultados foram então comparados.
Tecnologia
Usando aparelhos de ressonância magnética, os pesquisadores descobriram que as adolescentes que bebiam muito tinham menos actividade em várias áreas do cérebro que as que não bebiam, durante o mesmo teste de percepção espacial.
Segundo Susan Tapert, professora de psiquiatria na Universidade da Califórnia e autora do estudo, estas diferenças na actividade cerebral podem afectar negativamente outras funções, como concentração e o tipo de memória usado na hora de fazer cálculos, o que também seria fundamental para o pensamento lógico e capacidade de raciocínio.
Já os jovens rapazes não teriam sido afectados da mesma forma, de acordo com Tapert.
“Os adolescentes que bebiam demais mostraram alguma anormalidade, mas menos, na comparação com os rapazes que não bebiam. Isso indica que as jovens do sexo feminino são particularmente vulneráveis aos efeitos negativos do excesso de álcool.”

sábado, 16 de julho de 2011

Saudades da Europa?!...

A integração é um processo longo, uma construção que se faz passo a passo. É uma estratégia de convivência, de relacionamento profundo, que articula o econômico, o político e o social. Mais além, a integração é um projecto civilizatório. Um bom exemplo dela? O melhor, senão único em sua natureza, é a União Europeia.

Bandeira Oficial da União Europeia

A afirmação anterior reflecte o que normalmente se ensina nas universidades sobre a integração entre países e, particularmente, sobre a integração europeia. Dos seus pais fundadores, Jean Monnet e Konrad Adenauer, nos anos 1950, ao Tratado de Maastricht, em 1992, a Comunidade Europeia é modelar nesse processo. Entretanto, graves acontecimentos recentes põem em xeque o projecto europeu e seu universalismo.
A crise económica e o conflito cultural estão desfigurando a Europa que se erigiu e se propalou como o ponto alto das relações internacionais. Três países que ingressaram na então Comunidade Europeia em 1986 – Espanha, Portugal e Grécia – e se transmutaram de nações pobres e isoladas em Estados desenvolvidos e admirados, agora estão combalidos, num estado deplorável, depauperado.
Mas não nos esqueçamos que Portugal nunca foi evoluído, foi é desenvoluindo desde que ingressou na União europeia.

Entre os mais dramáticos, o caso da Grécia lembra o colapso econômico da América Latina, nos anos 1980. Um país quebrado, sem condições de administrar suas obrigações no curto prazo, está praticamente tutelado pela cúpula da União Europeia e do FMI (leia-se Alemanha, França, Reino Unido e, por fora, os EUA).
Estes países se acomodaram num sistema de benesses criado pela lógica das assimetrias do bloco (os que tem menos recebem mais), que gerou bolhas de prosperidade e de desenvolvimento sem contrapartida de auto-suficiência. A possível moratória da Grécia – declarada ou não – será o desfecho de uma realidade tão irresponsável quanto foi aquela dos governos latino-americanos, com a notável diferença de que estes eram ditaduras, sem quaisquer controles democráticos.
Já o sonho da mobilidade, o factor humano europeu, está sendo solapado pela revisão do Acordo de Schengen, regulador da entrada e circulação de pessoas no bloco. O muro de Lampedusa, como ficará conhecido o cerco na Ilha italiana aos refugiados líbios, vai se convertendo na mensagem que os governos europeus, desenvergonhados, cravam na história contemporânea. Vale para essa Europa o que cantou Pessoa sobre o seu país, “Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro…”

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Mito Sebástico

É sabido o trágico destino de el-rei D.Sebastião no dia 4 de Agosto de 1578. É também por demais conhecido a perda da independência nacional associada ao declínio do moço rei.

Poder-se-á, quem sabe, pensar que a batalha de Alcácer Quibir (ou batalha dos três Reis) não tem uma relação com o presente, nem se poderá fazer qualquer tipo de analogia, pois o passado é passado e há que construir o futuro.

Contudo, naquela manhã do dia 4 de Agosto, Portugal viria a perder o seu querido jovem rei que representava todo o vitalismo e energia de uma nação já em declínio imperial. Perdemos o Rei e perdemos a nossa independência.
Em 1580 fomos definitivamente ocupados pelos espanhóis. Os 60 anos que se seguiram foram marcados pela angústia, pela dor, pela pobreza, pela tristeza nacional... Até que apenas um punhado de homens, liderados pelo duque de Bragança, repõe um rei português a comandar os destinos da Nação Portuguesa.

Nos dias de hoje, já não temos monarquia, mas a Nação Portuguesa ainda existe, independentemente do sistema político vigente.
Somos independentes, sem sombra de dúvida. Mas já há uns longos anos que perdemos outro atributo de igual ou superior valor: a nossa soberania.
Perdemos a nossa soberania e simultaneamente não somos donos do nosso próprio destino. O país encontra-se dominado pelo tédio e pela monotonia. Os políticos são corruptos. O povo é ignorante, os jovens são mal instruídos, a pobreza aumenta, a população envelhece, a criminalidade e o desemprego alastram. E ninguém faz nada. Todos esperam, como se algo alcançassem de tanto esperar.

Esta espera demorada, este cansaço tardio é a nossa síndrome. Esta fé exagerada no Messias, esta fé doentia do passado, esta saudade do futuro é a nossa doença. Esta doença só tem uma cura: A própria refutação do mito sebástico enquanto designação de espera e latência em vez de luta e acção.

No entanto, o mito sebástico sempre foi o suporte da nossa poesia (Fernando Pessoa, entre outros), da nossa filosofia (Teixeira de Pascoaes, por exemplo), da nossa arte e da nossa literatura (José Régio)

O Mito Sebástico é um assunto muito vasto. O mito sebástico é o homem aberto a si mesmo, o homem esquecido de si mesmo que procura o seu horizonte, o seu ideal, o seu ‘ego' no meio do deserto, da imensidão do deserto, longe de tudo o que lhe é familiar, envolto em miragens, a lutar pelo futuro, por tudo o que é seu... Com um mito destes, mito filosófico, envolto na saudade e esperança, o futuro não nos reservará um horizonte celestial? Ou uns triunfos ufanos? D. Sebastião personifica pois o homem existencialista, o Dasein de Heidegger, o homem do nevoeiro, que se quer encontrar a ele mesmo, que procura a sua identidade perdida tendo em vista a modelação do seu próprio ego.

Esse D.Sebastião, o intrépido lutador, que procura algo no meio da sua loucura e contra todas as adversidade, contra a sua própria doença somos cada um de nós... que procura no seu deserto, encontrar uma paz e engrandecer a nossa nação, construindo o destino da mesma...

A agricultura e as suas repurcões no meio....

Os dados que possuo dá-me cerca de 2840 empresas que foram declaradas insolventes nos últimos meses de 2010,  mais 3,1 por cento que no mesmo período de 2009 .

O número de empresas que faliu no segundo semestre de 2010 aumentou 3,1 por cento face ao mesmo período de 2009, ao passo que a criação de empresas sofreu um ligeiro decréscimo de 1,9 por cento.
Os sectores que mais sofreram com a crise foram os da construção e da indústria transformadora , num período onde 2840 empresas foram declaradas insolventes contra as 1795 nos primeiros seis meses de 2009.

Em termos de distritos, o Porto foi o mais afectado pelos encerramentos de empresas, seguido de Lisboa e Braga, uma situação semelhante ao primeiro semestre de 2009.

No que toca à criação de empresas, foram constituídas 16258 entre Janeiro e Junho de 2010, menos 164 que no mesmo período de 2009.

Por outro lado, 5200 empresas foram dissolvidas nos primeiros seis meses deste ano, menos 11,7 por cento que no primeiro semestre de 2010.

Mas temos que analisar,e que não existe só o problema  das falências das empresas,mas tem a ver com muitos factores,tais como o excessivo plantio dos terrenos ,a utilização de uma só cultura,as árvores que actualmente,plantamos :pinheiro,acácia,e por incrível que pareça a chuva muitas vezes antes de Outubro e por vezes a precipitação dessa chuva muito intensa e isso ajuda há degradação ou deterioração do nosso solo:

Diversas áreas do interior de Portugal
(Alentejo, Algarve, Beira Interior e Trás-os-
Montes) apresentam vastas áreas com
elevado grau de degradação dos solos e
da vegetação, podendo levar à
desertificação num futuro próximo.

Temos aldeias que estão a ficar desertas, abandonadas à sua sorte e engolidas pela vegetação. Nem mesmo as que estão nos arredores de algumas capitais de distrito escapam.
Em 2001, a densidade populacional de Portugal era de 112 habitantes/km2, valor quase idêntico à média europeia, de 114 habitantes, mas com uma diferença abissal: as densidades populacionais mais elevadas encontram-se na faixa litoral oeste até ao Sado e na orla algarvia, enquanto no interior as densidades são muitas vezes inferiores a 20 habitantes por km2.

A susceptibilidade do clima à desertificação pode ser traduzida através das disponibilidades hídricas do solo, reflectindo as situações de humidade e de stress hídrico. Assim constrói-se um Índice de Aridez (obtido pela divisão da precipitação anual média pela evapotranspiração potencial (ETP) anual média). Paralelamente possuímos escassos recursos em terra e temos elevadíssimos riscos potenciais de erosão. Portugal é um dos países da Europa do Sul onde existe maior predominância de solos de má qualidade (66% do território) com apenas 8% de solos de boa qualidade, onde 68% do território tem alto risco de erosão

Portugal está sujeito a riscos de erosão moderados a elevados, sendo o risco potencial de erosão elevado em quase todas as regiões do país. Desta forma os solos mais degradados deveriam estar protegidos através de floresta, preferencialmente constituída por carvalho, azinheira ou sombreiro (floresta climácica). A destruição deste tipo de floresta e a introdução da acácia, do pinheiro bravo e do eucalipto, poderão ter sido um dos factores que contribuíram para o fenómeno de desertificação.

Se aliarmos a estas causas o facto de se terem cometido alguns erros irreversíveis como a Campanha do Trigo no Alentejo, temos a resposta para o problema. De facto a Campanha do Trigo, com o objectivo de tornar o país auto-suficiente, alimentando com pão toda população portuguesa e a consequente produção excessiva de trigo, permitiu que os solos se degradassem de tal forma que nas zonas mais declivosas se verificou uma perda de solo entre 15 a 20 cm, transformando-os em solos esqueléticos (Sequeira, E.M.). Para além da perda de fertilidade, com menor capacidade de suporte dos ecossistemas, os solos perderam a função vital de regularização do ciclo hidrológico, pois afectou-se a permeabilidade e capacidade de retenção devido a alterações no solo de espessura efectiva, porosidade, teor em matéria orgânica e estrutura, com todas as consequências para a disponibilidade de água e sua qualidade.

A perda de solo que se verificou com muita intensidade no Alentejo também se foi observando nas Beiras e Trás-os-Montes (Sequeira, E.M.). Os solos xistosos das Beiras e do Alentejo, que apresentam elevados índices de erosão, nas zonas com menor coberto vegetal protector, têm uma menor estabilidade,muito menor teor em matéria orgânica, uma muito menor permeabilidade e maior propensão para a formação de uma crosta superficial (que vai impedir a infiltração e vai aumentar o escoamento e uma maior erosão), podem explicar a degradação observada nestes locais.

A degradação do solo e erosão ao se acentuarem,vão inibir a disponibilidade e qualidade de água existente no solo, o que provoca uma redução do coberto vegetal, diminui a protecção do solo que lhe é tão necessária, reduz em alto número o teor em matéria orgânica e piora em muito a estrutura, acentuando-se ainda mais o fenómeno de erosão. É portanto um ciclo que urge ser combatido.

Só que até agora nada foi feito,por nenhum governo desde os governos pós 25 de Abril.
Parece nada importar,importa sim encher os bolsos dos nossos desgovernantes.
É assim a triste história de uma Nação,que tem estado numa letargia apática,há cerca de mais de três décadas.

Nada nos faz crer que esta ministra da Agricultura e governo façam qualquer coisa afim de mudar estes factos...Continuamos pois a viver numa letargia incoerente.
   

Não é a Grécia. É o capitalismo, estúpido!

A Grécia vive um momento de turbulência social e económica.
Os médias, as consultorias, os economistas, os bancos de investimentos, os presidentes dos bancos centrais, os ministros de fazenda, os governantes não fazem outra coisa que falar da “crise grega”. Ante tal vozerio mal intencionado, é oportuno parafrasear um exemplo da campanha de Bill Clinton para dizer e insistir que a crise é do capitalismo, não da Grécia. Que este país é um dos elos mais frágeis da cadeia "imperialista Judaico Jacobina "e que é por causa dele que ali ocorre a eclosão das contradições,  corroendo-o irremediavelmente.
O alarme dos capitalistas, sem dúvida justificado, é que a queda da Grécia pode arrastar outros países como Espanha, Irlanda, Portugal e comprometer seriamente a estabilidade económica e política das principais potências da União Europeia.Segundo informa a imprensa financeira internacional, representante dos interesses da “comunidade de negócios” (leia-se: os gigantescos "monopólios" que controlam a economia mundial), a resistência popular às brutais medidas de austeridade propostas pelo ex-presidente da Internacional Socialista e actual primeiro ministro grego, Georgios Andreas Papandreu, ameaçam jogar pela janela todos os esforços até agora realizados para amenizar a crise.
A aflição se espalha no patronato frente às dificuldades com que tropeça Atenas para impor as brutais políticas exigidas por seus supostos salvadores. Com toda razão e justiça, os trabalhadores não querem ser responsabilizados por uma crise provocada pelos jogadores das finanças, e a ameaça de uma explosão social, que poderia reverberar por toda a Europa, tem paralisado as lideranças governamentais grega e europeia. A injecção de fundos outorgada pelo Banco Central Europeu, o FMI e os principais países da zona do euro não têm feito nada a não ser agravar a crise e fomentar os movimentos especulativos do capital financeiro.
O resultado mais visível tem sido acrescentar a exposição dos bancos europeus ao que já aparece como uma inevitável moratória grega. São conhecidas as receitas do FMI, do BM e do Banco Central Europeu: redução de salários e aposentadorias, demissões massivas de funcionários públicos, privatização de empresas estatais e desregulamentação dos mercados para atrair investimentos.
Elas têm surtido os mesmos efeitos sofridos por vários países da América Latina, notoriamente a Argentina. Pareceria que o curso dos acontecimentos na Grécia se encaminha para uma estrondosa queda como a que os argentinos conheceram em Dezembro de 2001. Deixando de lado algumas óbvias diferenças, há demasiadas semelhanças que abonam este prognóstico. O projecto económico é o mesmo, o neoliberalismo e suas políticas de choque; os actores principais são os mesmos, o FMI e os cães de guarda do imperialismo em escala global; os ganhadores são os mesmos, o capital concentrado e especialmente a banca e as finanças; os perdedores são também os mesmos, os assalariados, os trabalhadores e os sectores populares; e a resistência social a essas políticas tem a mesma força que soube ter na Argentina.
É difícil imaginar um soft landing, uma aterragem suave, desta crise. O previsível e mais provável é precisamente o contrário, tal como ocorreu no país sul-americano. Claro que, diferentemente da crise argentina, a grega está destinada a ter um impacto global incomparavelmente maior. Por isso o mundo dos negócios contempla com horror o possível “contágio” da crise e seus devastadores efeitos entre os países do capitalismo metropolitano. Estima-se que a dívida pública grega alcança os US$ 486 biliões e que representa uns 165% do PIB do país. Mas tal coisa ocorre numa região, a “eurozona”, onde o endividamento já ascende os 120% do PIB dos países, com casos como o da Alemanha, (com cerca de 143%), França (188%) e Grã Bretanha (398%).
Não deve ser esquecido, além disso, que a dívida pública dos Estados Unidos já alcança 100% de seu PIB. Em uma palavra: o coração do capitalismo global está gravemente adoecido. Por contraposição, a dívida pública chinesa em relação ao seu gigantesco PIB é de apenas 7%, a da Coreia do Sul 25% e a do Vietname 34%.
Há um momento em que a economia, que sempre é política, se transforma em matemática e os números cantam. E a melodia que entoam diz que aqueles países estão na beira de um abismo e que sua situação é insustentável. A dívida grega – "incestuosamente" dissimulada em sua gestação e desenvolvida graças ao conclave criminoso de interesses entre o governo conservador grego de Kostas Karamanlis e o banco de investimento favorito da Casa Branca, Goldman Sachs – foi financiada por muitos bancos, principalmente na Alemanha e, em menor medida, França.
Agora são credores de papéis de uma dívida que a qualificadora de riscos Standard & Poor’s (S&P) classificou com a pior nota do mundo, CCC, isto é, tem crédito sobre um devedor insolvente e que não tem condições de pagar. Em igual ou pior posição se encontra o ultra-neoliberal Banco Central Europeu, razão pela qual um ‘calote’ grego teria consequências catalíticas para este verdadeiro ministro das finanças da União Europeia, situado à margem de qualquer controle democrático.
As perdas que originaria a bancarrota grega não só comprometeriam os bancos expostos, mas também os dos países com problemas, como Espanha, Irlanda, Itália e Portugal, que teriam de suportar juros mais elevados que os actuais para equilibrar suas deterioradas finanças.
Não é preciso muito esforço para imaginar o que sucederia se os gregos suspendessem unilateralmente os pagamentos, cujo primeiro impacto se daria na linha de flutuação da nave europeia, a Alemanha. Os problemas da crise grega (e europeia) são de origem estrutural. Não se devem a erros ou a percalços inesperados senão que expressam a classe de resultados previsíveis e esperados quando a especulação e o parasitismo rentista assumem o posto de comando do processo de acumulação de capital.
Por isso, no fragor da Grande Depressão dos anos 30, John Maynard Keynes recomendava, em sua célebre Teoria Geral da Ocupação, Juros e o Dinheiro, praticar a eutanásia do rentista como condição indispensável para garantir o crescimento econômico e reduzir as flutuações cíclicas endémicas no capitalismo.
Seu conselho não foi considerado e hoje são aqueles sectores os que se apropriaram da hegemonia capitalista, com as consequências por todos conhecidas. Comentando sobre esta crise, Istvan Meszaros dizia há poucos dias que “uma crise estrutural requer soluções estruturais”, algo que quem está administrando a crise rechaça terminantemente. Pretendem curar um doente em estado gravíssimo com aspirinas.
É o capitalismo que está em crise e para sair dela torna-se imprescindível sair do capitalismo, superar o quanto antes um sistema perverso que conduz a humanidade ao holocausto em meio a enormes sofrimentos e uma depredação meio-ambiental sem precedentes. Por isso, a mal chamada “crise grega” não é assim; é, em lugar disso, o sintoma mais agudo da crise geral do capitalismo, essa que os meios de comunicação da burguesia e do imperialismo asseguram há três anos que já está em vias de superação, apesar de as coisas estarem cada vez pior.
O povo grego, com sua firme resistência, demonstra estar disposto a acabar com um sistema que já é inviável não no longo, mas no médio prazo. Há que acompanha-lo em sua luta e organizar a solidariedade internacional para tratar de evitar a feroz repressão de que é objecto, método predilecto do capital para solucionar os problemas que cria sua exorbitante voracidade. Talvez a Grécia – que há mais de 2.500 anos inventou a filosofia, a democracia, o teatro, a tragédia e tantas outras coisas – possa voltar-se sobre seus foros e inventar a revolução anti-capitalista do século 21. A humanidade lhe estaria profundamente agradecida.

Mas não se esqueçam que tudo isto se irá ( está já a se repercutir em Portugal), até onde chegar é que não vejo o fim deste fim deste caminho que será a nossa perdição...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A humanidade... Na actualidade

Na perspectiva das grandes maiorias da humanidade, a actual ordem é uma ordem na desordem, produzida e mantida por forças( do poder económico)  e países que se beneficiam dela, aumentando seu poder e seus ganhos. Esta desordem  deriva do facto de que a globalização económica não deu origem a uma globalização política. Não há nenhuma instância ou força que controle a voracidade da globalização económica. Joseph Stiglitz e Paul Krugman, dois prémios Nobel em economia, criticam o Presidente Obama por não ter imposto freios aos ladrões de Wall Street e da City, ao invés de se ter rendido e vendido a eles. Depois de terem provocado a crise, ainda foram beneficiados com inversões bilionários de dinheiro público. Voltaram, airosos, ao sistema de especulação financeira.
Estes excepcionais economistas são óptimos na análise; mas, mudos na apresentação de saídas à actual crise. Talvez, como insinuam, por estarem convencidos de que a solução da economia não esteja na economia, mas no ‘renovar’ das relações sociais destruídas pela economia de mercado, especialmente, a especulativa. Esta é sem compaixão e desprovida de qualquer projecto de mundo, de sociedade e de política sendo o seu propósito o acumular o máximo, apropriando-se de bens comuns vitais como água, sementes e solos e destroçando economias nacionais, e por aí em diante.

Para os especuladores, o dinheiro serve para produzir mais dinheiro e não para produzir mais bens. Aqui o Governo tem que pagar 78 mil milhões de euros pela dívida de um trimestre de juros pelos empréstimos tomados, enquanto aplica apenas cerca de 100 a 800 milhões para os projectos sociais. Esta disparidade resulta eticamente perversa, consequência do tipo de sociedade á qual nos incorporamos, sociedade essa que colocou, como eixo estruturador central, a economia, que de tudo faz mercadoria até da vida.
Não são poucos os que sustentam a tese de que estamos num momento dramático de decomposição dos laços sociais. Alain Touraine fala até de fase pós-social ao invés de pós-industrial.
Esta decomposição social se revela por polarizações ou por lógicas opostas: a lógica do capital produtivo cerca de 60 triliões de dólares/ano e a do capital especulativo, cerca de 600 triliões de dólares sob a égide do “greed is good” (a cobiça é boa). A lógica dos que defendem a maior lucratividade possível e a dos que lutam pelos direitos da vida, da humanidade e da Terra. A lógica do individualismo que destrói a “casa comum”, aumentando o número dos que não querem mais conviver e a lógica da solidariedade social a partir dos mais vulneráveis. A lógica das elites que fazem as mudanças intra sistémicas e que se apropriam dos lucros e a lógica dos assalariados, ameaçados de desemprego e sem capacidade de intervenção. A lógica da aceleração do crescimento material  e a dos limites de cada ecossistema e da própria Terra.
Vigora uma desconfiança generalizada de que deste sistema não poderá vir nada de bom para a humanidade. Estamos indo de mal a pior em todos os itens da vida e da natureza. O futuro depende da "crença" de confiança que os povos depositam em suas capacidades e nas possibilidades da realidade. E esta confiança está diminuindo dia para dia.
Estamos nos confrontando com esse dilema: ou deixamos as coisas correrem assim como estão e então nos afundaremos numa crise abissal ou então nos empenharemos na gestação de uma nova vida e ordem social liderada pelo povo, capaz de sustentar um outro tipo de civilização. Os vínculos sociais novos não se derivarão nem da técnica nem da política, descoladas da natureza e de uma relação de sinergia com a Terra. Nascerão de um consenso mínimo entre os humanos, a ser ainda construído, ao redor do reconhecimento e do respeito dos direitos da vida, de cada sujeito, da humanidade e da Terra, tida como " Arádia " e nossa Mãe comum. A essa nova vida social devem servir a técnica, a política, as instituições e os valores do passado. Sobre isso venho pensando e escrevendo já pelo menos há um tempo. Mas é voz perdida no deserto. “Clamei e salvei a minha alma” (clamavi et salvavi animam meam), diria desolado qualquer pensador. Mas importa continuar. O improvável é ainda possível, e isso ainda o creio.

FMI prefere não discutir ainda um novo resgate para Grécia...

Lagarde preside o FMI e avalia a situação da Grécia
Lagarde preside o FMI e avalia a situação da

Grécia
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e seus sócios europeus disseram não estar prontos para debater os termos de um segundo resgate para a Grécia, disse nesta terça-feira a directora-gerente do organismo, Christine Lagarde. Ela pediu que a Grécia trabalhe mais para enfrentar sua crise de dívida. Lagarde disse que a Grécia adoptou medidas importantes para reduzir seu deficit, mas que não foram suficientes.
– Na visão de qualquer pessoa vemos que não estamos na etapa de discutir as condições ou termos, extensão ou volume, da dívida Grega.
O custo do seguro da dívida contra um default (não-pagamento) de Espanha, Portugal e Grécia atingiu novas máximas recordes, nesta manhã, e os yields dos papéis de 10 anos da Itália, terceira maior economia da zona do euro, dispararam para acima de 6% pela primeira vez desde 1997, bem mais que o patamar no qual os banqueiros dizem que começará haver pesada pressão sobre suas finanças. As acções de bancos europeus recuaram à mínima em dois anos. Se a Itália precisar de um socorro financeiro, como o está afinal a precisar, o actual mecanismo de resgate da zona do euro não terá recursos suficientes para ajudar.
Autoridades da zona do euro estão esperando que decisões concretas sobre a Grécia possam ser tomadas em outro encontro no final deste mês e que isso reduza a pressão em todas as nações do continente com elevada carga de dívida. Mas, apesar da turbulência do mercado, o ministro de Finanças da Alemanha diz não haver pressas.

Raio X da crise
A dívida pública da Grécia alcançou 340,227 biliões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O país se encontrou, então, com níveis de divida acima dos necessários para permanecer como membro da zona do euro. O governo tinha duas escolhas: sair do grupo e voltar a adoptar moeda local ou apertar os cintos e lutar por um empréstimo internacional. Optou pela segunda.
No segundo semestre de 2010, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) concordaram em ceder um pacote de ajuda de 110 biliões de euros, que seria liberado em parcelas, conforme o progresso do enxugamento das contas do país. O primeiro conjunto de cortes foi feito na entrega da primeira parcela. Sem os empréstimos, Atenas entraria em default (não pagamento temporário da dívida). O primeiro-ministro grego, George Papandreou, havia afirmado que, sem a ajuda, os cofres do país ficariam vazios “em questão de dias”.
Pressionado, o governo grego aprovou um novo pacote de austeridade em 29 de Junho para poder receber mais uma parcela – de 12 biliões de euros. O pacote inclui corte de gastos, de empregos, de salários, aumentos de impostos e vendas de activos estatais. As medidas de austeridade são altamente impopulares entre os gregos. Sindicatos afirmam que a taxa de desemprego já ultrapassou os 16%. A polícia entrou em confronto com manifestantes em algumas ocasiões nas ruas próximas ao parlamento grego hoje.

Onde iremos chegar?
Nem acorda?
O que se passa com estes governantes e connosco como povo?!...
Vamos todos naufragar, como todos os que as agências de rating decidirem, quanto querem lucrar com esta crise...

A Grécia... A Crise... Portugal...

euro
A União Europeia está atrelada ao euro
Os líderes da União Europeia devem realizar uma cúpula emergencial, depois de os ministros das Finanças da região reconhecerem pela primeira vez que algum forma de moratória da dívida grega possa ser necessária para reduzir a dívida do país e interromper o contágio para a Itália e a Espanha.
– Haverá uma cúpula extra na sexta-feira ,isto esta-nos sugerindo um senso de urgência por parte das autoridades depois de os mercados começarem a vender activos italianos.
Uma fonte do governo francês disse que Paris é a favor de um encontro, mas que o dia não teria sido fixado, enquanto o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse não descartar uma reunião. Mais cedo, o ministro das Finanças alemão avaliou que um segundo pacote de resgate para a Grécia teria de esperar até setembro, depois de os ministros das Finanças da zona do euro efetivamente terem aceitado que o envolvimento do setor privado provavelmente significaria um default seletivo. O Banco Central Europeu (BCE) se opõe a uma moratória.
– Temos que desatar o nó, um nó muito difícil – disse o ministro das Finanças holandês, Jan Kees de Jager, a jornalistas á uns dias.
Questiono-me sobre se um default selectivo seria agora provável, direi que “não é mais excluído”.
Pergunto-me onde chegaremos nós dentro desta União Europeia?!...
– Obviamente o BCE disse em comunicado que não apoia estas posições, mas os 17 ministros (da zona do euro), pelo que sei não excluem mais isto, então pergunto-me teremos mais opções ?
Sabemos, por portas e travessas que uma recompra de dívida grega no mercado secundário e uma proposta alemã para uma troca de dívida por vencimentos mais longos estão sendo consideradas, depois que uma proposta francesa para rolar bônus não fez muito progresso. Ambos os planos devem ser considerados pelas agências de rating como um default, ou, na melhor das hipóteses, um default selectivo, o que apesar de não cobrir toda a dívida grega e poder ser revertido rapidamente, teria grande repercussão sobre os mercados financeiros.
Será mais um "afundar", desta "trampa" de UE, não podemos ter duvidas, temos mesmo que abandonar o Euro e esta União jacobina ou judaica do capital, ou então desapareceremos como Nação e identidade única.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Descoberto depósito de minerais raros no Pacífico

Ambientalistas temem aumento de prospecção oceânica
Pesquisadores japoneses dizem ter encontrado vastos depósitos de minerais de terras raras, utilizados em equipamentos de alta tecnologia, no solo do Oceano Pacífico.
Geólogos estimam que existam actualmente 110 biliões de toneladas de elementos raros no fundo do Pacífico.
Os pesquisadores japoneses estimam ter encontrado entre 80 e 100 toneladas de minerais raros no leito oceânico a profundidades de entre 3,5 mil e 6 mil metros abaixo da superfície.
Actualmente, a China responde por 97% da produção de 17 metais provenientes de terras raras, muitas vezes chamados de ‘‘ouro do século XXI’’, por serem raros e valiosos.
O quase monopólio de produção exercido pela China levou o país a restringir o fornecimento dos metais raros no ano passado, durante uma disputa territorial com o Japão.
Os minerais são usados em iPods, TVs de tela plana, carros eléctricos, mísseis, óculos de visão nocturna, turbinas e imãs super-condutores, por exemplo.
Além da China, as reservas são encontradas também na Rússia, em outras ex-repúblicas soviéticas, nos Estados Unidos, na Austrália e na Índia.
Descoberta
A descoberta foi divulgada pela publicação científica britânica Nature Geoscience, que relatou que a equipa de cientistas comanda por Yasuhiro Kato, professor de ciências da terra da Universidade de Tóquio, encontrou os minerais em 78 locais diferentes na lama oceânica do Pacífico.
– Os depósitos contêm uma uma forte concentração de terras raras. Apenas um quilometro quadrado dos depósitos será capaz de atender a um quinto do consumo mundial actual .
A descoberta foi feita em águas internacionais, em uma área próxima ao estado americano do Havaí e em outra perto da Polinésia Francesa, segundo o relatório formulado pelos exploradores japoneses.
Ainda não se sabe, no entanto, se será viável tecnologicamente realizar a prospecção em uma área tão profunda e, caso seja, se será possível explorar comercialmente os metais trazidos à tona.
Os depósitos foram se acumulando no solo oceânico ao longo de centenas de milhões de anos.
Dificuldades
O número de companhias que vêm solicitando licenças para realizar prospecções no solo do Pacífico vem crescendo rapidamente.
Entre as dificuldades de realizar a exploração dos metais raros está no fato de que eles são minúsculos e estão espalhados em uma vasta área, o que faz com que muitos dos locais que contam com terras raras não sejam viáveis para a exploração comercial ou estejam sujeitos a restrições ambientais.
No entanto, a perspectiva de prospecção nas águas oceânicas profundas – e os estragos que isso poderá representar para os ecossistemas marinhos – preocupam ambientalistas.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Crise na europa derruba empregos e Brasil se torna a nova Meca dos imigrantes‏

Entre 2003 e 2007, a Espanha recebeu dezenas de milhares de imigrantes, mas a crise económica que persiste no país está alterando o fluxo migratório. Sem emprego no presente e sem perspectivas para o futuro, os estrangeiros procuram saídas em outros lugares. E o Brasil virou meta para os latino-americanos de baixa formação. De acordo com quatro relatórios que investigam as respostas dos imigrantes diante da crise, o Brasil aparece entre os três destinos preferidos de sul-americanos hispânicos (junto com Estados Unidos e Argentina) como opção para conseguir emprego.
Uma pesquisa da agência de empregos Randstad revelou que 65% dos imigrantes ilegais na Espanha estão pensando ou decididos a trocar a Europa por outro mercado se não encontrarem trabalho até 2012. Os estudos antecipam um fluxo que já pode ter começado. Em 2010, pela primeira vez nos últimos 35 anos, a Espanha registou uma taxa de saída de população activa maior do que a de entrada.
No ano passado, 48 mil imigrantes chegaram e 43 mil estrangeiros retornaram aos seus países de origem, mas 90 mil espanhóis também foram morar no exterior. O ritmo de redução é tão vertiginoso que em cinco anos o fluxo de chegada pode ser praticamente nulo. Pelas previsões da Fundação de Estudos de Economia Aplicada, se a crise se mantiver como agora, em 2014 chegariam apenas 3 mil imigrantes.
Saídas
Josep Oliver, professor de economia da Universidade Autónoma de Barcelona e um dos autores do Anuário de Imigração da Espanha, do Ministério do Interior, disse que “80% dos imigrantes não têm outras saídas além do aeroporto rumo a mercados com melhores opções, como o Brasil, que oferece oportunidades sólidas”. A pesquisa Mobilidade Laboral, da Randstad, indica que a Espanha perdeu interesse para o trabalhador estrangeiro de baixa formação.
A razão é o perfil destes imigrantes, cujos currículos se limitam a ofícios relacionados a áreas que não se reactivam, como serviços e construção. O sector de construção foi precisamente o que detonou a crise de desemprego. De 2008 a 2010 quebraram mais de 200 mil empresas do ramo, que davam trabalho a 70% dos imigrantes sul-americanos, segundo dados oficiais.
Os estrangeiros entrevistados na pesquisa responderam que querem sair da Espanha, mas temem crises políticas e económicas na América Latina e só vêem bonança financeira no Brasil, onde criticam a falta de segurança pública. Mais ainda assim estão convencidos de que se não encontrarem emprego até 2012, o caminho é o aeroporto. Estados Unidos, Brasil ou Argentina, na ordem dos mais votados.
Alta formação
O Brasil também aparece como opção para espanhóis de alta formação.Um estudo elaborado pela consultora Adecco e pela Universidade de Navarra indica que os espanhóis com alto grau de formação e que também foram atingidos pela crise colocam o Brasil como um dos seis destinos preferidos para emigrar por emprego. O mercado brasileiro é visto como opção para 55% dos entrevistados, junto com Alemanha, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Argentina.
O perfil médio dos interessados em cruzar o Atlântico é de homens, entre 25 e 35 anos, com formações em engenharia, arquitectura, informática, medicina, biologia e investigação científica.
– Que engenheiro ou arquitecto não quer ir para o Brasil, de olho nas obras de infraestrutura? Está tudo por fazer, e agora há também recursos, referências de empresas espanholas já estabelecidas e a abertura ao (idioma) espanhol. Essas pessoas entendem que insistir aqui é uma perda de tempo. O Brasil cresce a uma velocidade que nenhum país da Europa pode se comparar – disse o professor de Economia da Universidade de Navarra Sandalio Gómez, autor do relatório apresentado em Janeiro.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística confirmam a tendência. Até Janeiro de 2011, havia 1,8 milhão de espanhóis morando em outros países; 92.260 no Brasil, um aumento de 10.071 pessoas em um ano no território brasileiro.
Problemas
Mas, apesar das oportunidades, o país perde para outros destinos em vários requisitos. Os entrevistados da pesquisa ressaltam insegurança, falta de serviços públicos de qualidade, instabilidade económica e jurídica para quem quer criar um negócio próprio e a distância de seus lugares de origem como barreiras a levar em consideração. O governo espanhol reforça estas conclusões. A directora-geral do Departamento de Emigração, (que estuda as condições dos espanhóis em outros países), Pilar Pin, define como impedimentos as carências nos sistemas de seguro-desemprego, rede pública de saúde e educação e a legislação trabalhista.
Em um relatório oficial apresentado em maio depois de uma visita a Brasília, Pin afirmou que o Brasil tem “enorme potencial com seus iminentes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, além de obras para abastecimento de energia, protecção ambiental e turismo”. Apesar disso, o relatório observa: “A legislação de implantação de empresas no Brasil é restritiva demais. Nossos trabalhadores vão com licença de obra. No final do contrato encontram muitas dificuldades para estabelecer-se por conta própria”.
Mesmo assim, segundo o relatório, as autoridades brasileiras calculam que faltam 1,9 milhão de profissionais de alta qualificação. Uma lacuna que os espanhóis poderiam ocupar.

Brasil é o que menos investe na preservação por hectare de florestas‏

Mais investimentos na floresta trariam mais retornos à sociedade, diz especialista
Um estudo coordenado pelo Centro para o Monitorização da Conservação Mundial do Programa da ONU para o Meio Ambiente revela que, numa lista de nove países, o Brasil é o que menos investe na preservação de cada hectare de suas florestas.
Enquanto o Brasil desembolsa, em média,€ 2,43 por cada hectare de suas unidades de conservação, na Argentina o índice é sete vezes maior (€ 16,37), no México, nove vezes (€ 29,71) e, na África do Sul, dezassete vezes (€ 34,09), mas por incr´vel Portugal investe € 6,11
A disparidade é ainda maior se os gastos brasileiros são comparados com os de países desenvolvidos: nos Estados Unidos, país da lista que mais investe na conservação ambiental, são € 70,99 por hectare (35 vezes a mais que o Brasil) e, na Nova Zelândia, €   62,,39.
A lista, integrada também por Costa Rica, Canadá e Austrália, e Portugal ,agrega países que, a exemplo do Brasil, têm grande parte de seus territórios ocupados por parques naturais ou índices sociais semelhantes aos brasileiros.
O estudo “Contribuição das unidades de conservação para a economia nacional”, é feito em parceria entre o IPEA (Instituto de Pesquisas Económicas Aplicadas), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ministério do Meio Ambiente e a ("ONU"), calculou quanto o Brasil factura com a preservação de suas florestas e quanto poderá ganhar caso amplie os investimentos no sector, o que permitiria maior aproveitamento de seus recursos naturais e incremento no número de turistas.
Um dos autores do estudo, o pesquisador da UFRJ Carlos Eduardo Young, diz que a intenção foi mostrar que a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico são compatíveis.
Segundo ele, é preciso resistir ao impulso de tirar um proveito econômico de curto prazo das florestas, em nome de um desenvolvimento mais duradouro e inclusivo.
– Nós comprovamos que, do jeito que está, as florestas brasileiras já garantem à sociedade um retorno financeiro superior ao que é investido nelas. Se melhorarmos o sistema de gestão, o valor do benefício pode crescer significativamente.
Investimentos
O estudo calcula que, caso o governo garanta a conservação nessas áreas e invista mais nelas, o aproveitamento econômico desses territórios, que cobrem cerca de 15% do país, pode gerar ao menos € 4,97 biliões por ano.
O valor viria de produtos florestais (como Castanha-do-Pará ou madeira em áreas de extracção controlada, por exemplo), turismo, estoque de carbono conservado, água e receitas tributárias, baseada no modelo de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) Ecológico adoptado por alguns Estados.
Para isso, no entanto, Young diz que o país teria de ampliar os investimentos no sector, actualmente em torno de € 300 milhões por ano nas reservas federais, para cerca de € 450 milhões anuais para o sistema federal, € 200 milhões para os sistemas estaduais (a serem empregados sobretudo em maior fiscalização), além de cerca de € 1,2 bilião para gastos em infraestrutura para o turismo.
Hoje, segundo o estudo, há um funcionário brasileiro para cada 18.600 hectares protegidos, número bastante inferior aos da África do Sul (1 para cada 1.176 hectares), dos Estados Unidos (1 para 2.125), Argentina (1 para 2.400) e Canadá (1 para 5.257)... Em Portugal ( 1 para cada 9.678 ).
Ainda de acordo com o estudo, a exploração legal de produtos oriundos de florestas naturais já gera cerca de€ 2,79 biliões ao Brasil por ano, ao passo que a receita de ICMS Ecológico repassada aos municípios pela existência de unidades de conservação em seus territórios é de € 392,7 milhões. Não há dados abrangentes sobre receitas advindas do turismo.
Young explica, no entanto, que os benefícios económicos da preservação ambiental são ainda mais amplos, já que grande parte da água que abastece as usinas hidroeléctricas nacionais, provendo energia às indústrias e às cidades país, advém de unidades de conservação ambiental; que o turismo em áreas protegidas é fonte central de recursos para muitos municípios brasileiros; e que o desenvolvimento de fármacos e cosméticos muitas vezes se dá por meio de pesquisas sobre espécies vegetais protegidas em unidades de conservação.
Mesmo assim, diz que, por se tratar de produtos e serviços em geral de natureza pública, seu valor não é percebido pela sociedade, que na maior parte dos casos não paga directamente pelo seu consumo ou uso.
O pesquisador afirma ainda que a dicotomia agricultura X conservação ambiental, que ganhou força durante as discussões sobre o novo Código Florestal que transmita no Congresso, é falsa:
– Não somos contra o desenvolvimento da agricultura, muito pelo contrário. Achamos, aliás, que a conservação ambiental favorece os agricultores, na medida em que lhes garante água para a irrigação, ameniza efeitos de enchentes e impede a erosão de terrenos montanhosos, que podem ser muito prejudiciais aos produtores.
Ele alerta, no entanto, que caso o novo Código reduza as áreas mínimas de conservação exigidas em cada propriedade, o país abrirá mão de uma riqueza maior.
– Vivemos um momento decisivo, que determinará se saberemos usar os recursos naturais valiosos de que dispomos e que são um dos nossos maiores diferenciais.

A floresta é um bem  de todos, não é pertença de ninguém , é uma dádiva da Terra a nós humanos e restantes seres vivos, e nós destruimos este bem por ganância e esquecemo-nos que somos só simples "hospedeiros", e que necessitamos da floressta para sobrevivermos, essencialmente pelo oxigénio que nos mantém vivos.

Temos de criar consciência sobre esses recursos, e meio ambiente.

Morreu a deputada Maria Nogueira Pinto

 
Maria José Nogueira Pinto morreu , aos 59 anos. Deputada do PSD foi vítima de um cancro.
 
Maria José Nogueira Pinto, que hoje morreu, era deputada independente eleita nas listas do PSD. Antes já tinha sido deputada do CDS, partido em que chegou a candidatar-se à liderança, em 1998. Foi ainda Provedora da Santa Casa da Misericórdia e tinha sido subsecretária de Estado da Cultura nos governos de Cavaco Silva.

Como ex-CDS, só lhe tenho a agradecer o que fez pelo partido e pela defesa dos ideais e da sua firmeza de carácter, e pela  firmeza no que defendia e acreditava, foi uma senhora com "S" grande, e aqui lhe presto uma pequena homenagem, e lhe peço desculpa pelos "maus" tratos pelos correlegionários do "Portas" , que não lhe souberam dar o devido respeito que merecia.

Na política era idónea, como na sua vida pessoal, perdemos uma grande humanista, uma senhora de direita, uma "princesa" entre estes plebeus, este parlamento e os poucos políticos idóneos ficaram  mais empobrecidos.

Bem haja pelo que fez sempre onde esteve, e pelos serviços prestados a esta Nação.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Simplesmente branco.

Mas os ( hipócritas )deste mundo recusam-se a vê-las e/ou ouvi-las

Michael Richards conhecido como Kramer da série televisiva Seinfeld, levantou um bom problema. O que se segue é o seu discurso de defesa em tribunal depois de ter feito alguns comentários raciais na sua peça de comédia. Ele levanta alguns pontos muito interessantes.
Orgulho em ser Branco
Finalmente alguém diz isto.
Quantas pessoas estão actualmente a prestar atenção a isto? Existem Afro-Americanos, Americanos Hispânicos, Americanos Asiáticos, Americanos Árabes, etc.
E depois há os apenas Americanos.
Vocês passam por mim na rua e mostram arrogância. Chamam-me 'White boy,' 'Cracker,' 'Honkey,' 'Whitey,' 'Caveman' ...e está tudo bem. Mas quando eu vos chamo Nigger, Kike, Towel head, Sand-nigger, Camel Jockey, Beaner, Gook, or Chink, vocês chamam-me racista. Quando vocês dizem que os Brancos cometem muita violência contra vocês, então por que razão os ghettos são os sítios mais perigosos para se viver?
Vocês têm o United Negro College Fund.
Vocês têm o Martin Luther King Day.
Vocês têm Black History Month.
Vocês têm o Cesar Chavez Day.
Vocês têm o Yom Hashoah.
Vocês têm o Ma'uled Al-Nabi.
Vocês têm o NAACP.
Vocês têm o BET [Black Entertainment Television] (tradução: Televisão de Entretenimento para pretos)
Se nós tivéssemos o WET [White Entertainment Television] seriamos racistas.
Se nós tivéssemos o Dia do Orgulho Branco, vocês chamar-nos-iam racistas. Se tivéssemos o mês da História Branca, éramos logo taxados de racistas.
Se tivéssemos alguma organização para ajudar apenas Brancos a andarem com a sua vida para frente, éramos logo racistas.
Existem actualmente a Hispanic Chamber of Commerce, a Black Chamber of Commerce e nós apenas temos a Chamber of Commerce.
Quem paga por isto?
Uma mulher Branca não pode ser a Miss Black American, mas qualquer mulher de outra cor pode ser a Miss America.
Se nós tivéssemos bolsas direccionadas apenas para estudantes Brancos, éramos logo chamados de racistas.
Existem por todos os EUA cerca de 60 colégios para Negros. Se nós tivéssemos colégios para Brancos seria considerado um colégio racista.
Os pretos têm marchas pela sua raça e pelos seus direitos civis, como a Million Man March.. Se nós fizéssemos uma marcha pela nossa Raça e pelos nossos direitos seriamos logo apelidados de racistas.
Vocês têm orgulho em ser pretos, castanhos, amarelos ou laranja, e não têm medo de o demonstrar publicamente. Mas se nós dissermos que temos "Orgulho Branco", vocês chamam-nos racistas.
Vocês roubam-nos, fazem-nos carjack, disparam sobre nós. Mas, quando um oficial da policia Branco dispara contra um preto de um gang ou pára um traficante de droga preto que era um fora-da-lei e um perigo para a sociedade, vocês chamam-no racista.
Eu tenho orgulho.
Mas vocês chamam-me racista.
Por que razão só os Brancos podem ser chamados de racistas?

Eu como ele tenho orgulho em ser branco, e não vivo na decadente América (USA=EUA), vivo na Europa e nesta desgraçada Nação que já foi da raça branca, agora já nem isso o posso afirmar,temos governantes negros, mestiços(políticos), ou casados com negros/negras, ou de outras raças, e protegem as minorias, esquecendo o seu próprio povo, e os nossos direitos de sermos descendentes dos fundadores desta nobre Nação.

Portugal e o seu maior bem: AS FLORESTAS.‏

Toda a zona do Mediterrâneo foi identificada e catalogada pelo WWF como uma das mais importantes, a nível Europeu, como a nível Mundial, do ponto de vista ambiental, pela sua grande biodiversidade excepcional. As nossas florestas mediterrânicas são o lar de 25000 espécies de plantas, o que representa 10% das Angiospormicas em apenas 1,6% da superfície total da Terra. Estas florestas são também o lar de espécies muito emblemáticas como o lince ibérico ou a águia de Bonelli.
Portugal, no seu contexto europeu, É considerado um país muito rico e diversificado em flora e fauna. Além das espécies tipicamente atlânticas, podemos encontrar aqui um elevado número de espécies de origem mediterrânica. Possuindo para além disso, um elevado número de endemismos, assim como espécies que hoje em dia são consideradas como relíquias do ponto de vista genético e/ou biogeográfico. Mas para além da sua origem natural (Portugal encontra-se na convergência de três regiões bilhar, com influências tal e mediterrâneas) mas também os séculos de actividade humana que facultou condições ecológicas para uma evolução harmoniosa.
Actualmente, o fogo é a maior ameaça natural as florestas mediterrânicas, destruindo mais árvores que pragas, tempestades, terramotos, inundações, etc. Todos os anos mais de 50 mil fogos queimam cerca de 800 mil hectares de floresta mediterrânica única, o equivalente a 1,7% da sua área total. Todos os países mediterrânicos da União Europeia têm sido atingidos por este problema, mas em Portugal a área ardida na média anual mais que quadruplicou desde os anos 60 do século XX.  
Como resultado da intensificação dos fogos florestais, a capacidade dos ecossistemas mediterrânicos para recuperar naturalmente está muito reduzida, estando vastas áreas afectadas por perdas de biodiversidade, erosão do solo e escassez de água, pois o desaparecimento das florestas conduz, eventualmente, a desertificação.
Com este panorama sombrio, resta em Portugal uma (solitária) mancha florestal representativa do coberto natural da zona mediterrânica, o Parque Natural da Serra da Arrábida. Zona única a nível mundial, a Arrábida foi a primeira área a receber protecção do estado em resultado da luta contra as pedreiras, contra as estradas, contra a construção ilegal, contra tudo o que ainda hoje permanece...

   
                             Causas para os fogos florestais em Portugal
Ao contrário do que acontece noutras zonas do mundo, onde uma percentagem elevada dos fogos têm origem natural (geralmente relâmpagos), em Portugal (e nos outros países mediterrânicos) há uma predominância de fogos com origem humana. Os fogos naturais representam apenas entre 1 e 5% do total registado. 
Entre as causas conhecidas, a grande maioria dos fogos são involuntários (negligencia ou acidente) e directamente associados ás práticas agrícolas e silvícolas, logo com origem em habitantes locais e são muito  raramente em turistas.  
Espantosamente, o aumento do número de fogos florestais estão directamente relacionado com a melhoria das condições de vida das populações. As rápidas transformações económico-sociais que têm vindo a ocorrer levam a uma concentração da população nas cidades, A redução acentuada do crescimento populacional, abandono das terras aráveis e a um desinteresse pelos recursos florestais como fonte de energia. Por todos estes motivos, assiste-se a um aumento das zonas de baldio e a um desaparecimento das populações com um sentimento de responsabilidade pela floresta.
Surge, assim, uma série de situações com consequências únicas trágicas para as florestas mediterrânicas:
·         perda da ligação directa entre o Homem e o seu ambiente e o desaparecimento das comunidades rurais e a falta de incentivos económicos levou á perda do conhecimento para conter os pequenos fogos florestais, que rapidamente podem sair do controlo. Pelo contrário, as antigas práticas agrícolas associadas ao pastoreio, agricultura e caça permaneceram, mas agora com resultados desastrosos devido ao aumento de biomassa seca e ao abandono rural;
·         redução do valor da madeira , com o colapso da economia rural, os donos das propriedades começaram a pressionar as autoridades locais para obter licenças de urbanização, rentabilizando assim as suas terras. O fogo também permite estimular o mercado madeireiro, pois as árvores queimadas teem que ser rapidamente abatidas e podem ser vendidas a preço inferior;
·         falta de compensações económicas e os donos das terras não vêem o seu papel na conservação da floresta reconhecido, tendo frequentemente que arcar com os custos adicionais de manutenção sem qualquer apoio estatal;
·         turismo com o desenvolvimento do turismo de massas e do aumento de casas de ferias leva a um aumento sazonal da presença humana na floresta. Esta situação agrava-se com a construção de estradas, permitindo fácil acesso a zonas antes remotas e dificultando a vigilância.  
A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas (direcção e intensidade do vento, humidade relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo de coberto vegetal, orografia( Em Geografia, chama-se orografia ao estudo das nuances do relevo de uma região. Efeito orográfico é também chamado "chuvas de relevo". Quando uma massa de ar encontra uma encosta, ela começa a subir a elevação. A medida que sobe, a massa de ar se resfria e se transforma em chuva.)do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, prazos de intervenção (tempo entre o alerta e a primeira intervenção no ataque ao fogo), etc...
Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente avistados a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos).
As causas dos incêndios florestais são das mais variadas. Têm, na sua grande maioria, origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer intencionalmente. Os incêndios de causas naturais correspondem a uma pequena percentagem do número total de ocorrências.
  • A humidade dos combustíveis mortos (caruma, ramos secos, árvores e arbustos mortos) está directamente relacionada com a humidade do ar. Quanto maior a humidade do material vegetal, menor a facilidade que este tem de entrar em combustão;
  • A temperatura do ar está também relacionada com a sua humidade relativa. Temperaturas elevadas tornam os combustíveis mais secos e susceptíveis de entrarem em combustão;
  • O vento é o responsável pela oxigenação da combustão e, consequentemente, intensifica a queima. É também o responsável pelo arrastamento de faúlhas que poderão provocar focos de incêndio a distâncias consideráveis e pela inclinação das chamas sobre outros combustíveis.
A floresta portuguesa é constituída por pinheiro bravo e outras espécies, originárias ou não do nosso território: sobreiros e azinheiras, eucalipto e carvalhos.
O pinheiro bravo tornou-se a espécie dominante no território continental português neste século. Reúne as condições ideais para proporcionar o desenvolvimento de grandes incêndios, principalmente por se associar a vegetação arbustiva de grande combustibilidade. É em zonas com grandes áreas contínuas de Pinheiro Bravo que se verificam maiores extensões de área ardida.
O eucalipto é uma espécie bastante combustível. Por se encontrar, geralmente em povoamentos onde as extracções de matos são frequentes, não possui grande taxa de destruição pelos incêndios.
Os sobreiros e as azinheiras, essenciais constituintes dos sistemas agro florestais alentejanos, são árvores resistentes ao fogo. A cortiça do sobreiro funciona até como auto defesa da planta às altas temperaturas.
Os Incêndios Florestais em Portugal Continental
A distribuição temporal dos incêndios florestais em Portugal Continental é marcadamente sazonal, verificando-se o maior número de ocorrências e de área ardida nos meses de Julho, Agosto e Setembro. A área ardida nos meses de Inverno não é muito significativa, comparativamente ao resto do ano.

Factores de sucesso no combate ao fogo:

Nos projectos sujeitos a aprovação dos serviços oficiais, são particularmente consideradas e impostas por lei:
  • A DIVERSIDADE das espécies vegetais: arborização compartimentada ou em mosaico.
  • A existência duma REDE VIÁRIA E DIVISIONAL: aceiros e arrifes.
  • A construção de PEQUENAS BARRAGENS: fontes de abastecimento decisivas.
É igualmente obrigatório manter, na floresta, caminhos e valetas limpos de matos ou de produtos de exploração florestal.

Nota:"Se, na área em que reside, tiver conhecimento de situações de risco potencial de incêndios como: limpeza de matos deficiente, queimadas, lixeiras ou outras, avise a sua Autarquia, os Serviços Florestais, a PSP, a GNR ou os Bombeiros.
"
A floresta tem sido ao longo dos últimos anos alvo de danos significativos quer em termos de áreas ardidas quer em destruição de espécies singulares.
Embora difícil de quantificar, as emissões de gases e partículas libertadas durante um incêndio, podem ser responsáveis por alguns impactos ambientais.
Uma área devastada por um incêndio florestal, quando sujeita a chuvas intensas, pode tornar-se mais susceptível e originar mais facilmente, outro tipo de riscos tais como deslizamentos e cheias. Com a destruição da camada superficial vegetativa os solos ficam mais vulneráveis a fenómenos de erosão e transporte provocados pelas águas pluviais, reduzindo também a sua permeabilidade.
Para além da destruição da floresta os incêndios podem ser responsáveis por:
·                    morte e ferimentos nas populações e animais (queimaduras, inalação de partículas e gases);
·                    destruição de bens (casas, armazéns, postes de electricidade e comunicações, etc.);
·                    corte de vias de comunicação;
·                    alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural;
·                    proliferação e disseminação de pragas e doenças, quando o material ardido não é tratado convenientemente.
Com o crescimento das áreas residenciais na direcção da floresta, os seus habitantes ficam sujeitos a um risco acrescido a este tipo de fenómenos.
A ameaça dos incêndios florestais para pessoas que habitem em áreas florestais ou nas suas imediações, ou que utilizem estes espaços para fins recreativos é real. Um pré planeamento e o conhecimento de medidas preventivas pode diminuir os danos.
0 seu contributo para proteger a floresta do fogo baseia-se na adopção de algumas Acções Preventivas, medidas de simples bom senso, sempre que haja risco de incêndio e sobretudo durante a época de fogos.
  • Não faça queimadas em terrenos situados no interior das matas, nem numa distância até 300 metros dos seus limites.
  • Não lance foguetes ou fogo de artificio dentro das matas nem numa distância até 500 metros dos seus limites.
  • Não queime lixos no interior das florestas nem numa distância até 100 metros dos seus limites.
  • Não faça lume de qualquer espécie no interior das matas e nas estradas que a atravessam, e Limpe o mato, num mínimo de 50 metros à volta das habitações, armazéns, oficinas e outras instalações.
Um incêndio florestal é um incêndio em zonas naturais, bosques e lugares com abundante vegetação. Podem-se produzir por relâmpagos, descuidos humanos e em muitas ocasiões são intencionados.
As perdas ocasionadas pelo fogo anualmente no mundo são ingentes. Os incêndios voluntários (pirómanos) ou não, ocasionam grandes gastos tanto em recursos como em vidas humanas, e semeiam a destruição de lugares naturais que demoram muito tempo em regenerar-se.
A maioria dos .países destinam enormes somas de dinheiro a proteger-se do fogo em zonas especialmente sensíveis a ele como são as florestas, com .hidroaviões,.helicópteros, barreiras para conter incêndios e brigadas especializadas de bombeiros.
São das catástrofes naturais mais graves em .Portugal, não só pela elevada frequência com que acontecem e dimensão que alcançam, como pelos efeitos destruidores que causam. Para além dos prejuízos económicos e ambientais, podem criar uma fonte de perigo para as populações e bens. Os incêndios florestais são considerados catástrofes naturais, mais pelo facto de se desenvolverem na.natureza e por a sua possibilidade de acontecimento e características de divulgação dependerem de factores naturais, do que por serem causados por fenómenos naturais. A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento. A importância da acção humana nestes fenómenos diferencia os incêndios florestais das restantes catástrofes naturais.
A divulgação de um incêndio depende das condições meteorológicas (direcção e intensidade do.vento, humidade  relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo do coberto vegetal,orografia do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, prazos de intervenção (tempo entre o alerta e a primeira intervenção no ataque ao fogo), etc. Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente vistos a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos.
As causas dos incêndios florestais são várias. Têm, na sua grande maioria, origem humana, quer por descuido e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer por intenção. Os incêndios de causas naturais pertencem a uma pequena percentagem do número total de ocorrências.
A floresta tem sido ao longo dos últimos anos alvo de danos significativos quer em termos de áreas ardidas quer em destruição de espécies únicas.
Embora difícil de quantificar, os lançamentos de gases e fragmento libertados durante um incêndio, podem ser responsáveis por alguns impactos ambientais.
Uma área destruída por um incêndio florestal, quando chove com grande intensidade, pode tornar-se mais capaz e originar mais facilmente, outro tipo de riscos tais como deslizamentos e cheias. Com a destruição da camada superficial vegetal os solos ficam mais vulneráveis a fenómenos de erosão e transporte provocados pelas águas pluviais, reduzindo também a sua permeabilidade.
Para além da destruição da floresta os incêndios podem ser responsáveis por:
  • Morte e ferimentos nas populações e animais (queimaduras, inalação de partículas de gases).
  • Destruição de bens (casas, armazéns, postes de electricidade e comunicações etc.)
  • Corte de vias de comunicação
  • Alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural
  • Reprodução e difusão de pragas e doenças, quando o material ardido não é tratado
Com o crescimento das áreas residenciais na direcção da floresta, os seus habitantes ficam sujeitos a um risco acrescido a este tipo de fenómenos.
A logística florestal dá resposta a este flagelo ao planificar o espaço florestal, por meio de projectos florestais, considerando à partida quais os locais mais propícios a ocorrerem incêndios e a evita-los.
Algumas medidas preventivas a serem tomadas:
  • Manter limpa uma faixa de 50m à volta de habitações, estaleiros, armazéns, oficinas ou outras edificações, nos espaços rurais.
  • Manter limpa uma faixa superior a 100m à volta dos aglomerados populacionais, parques, polígonos industriais e aterros sanitários, inseridos ou confinantes com áreas florestais.
Em 2008 foi o ano em que a área ardida foi menor nos últimos 29 anos. O pior ano continua a ser o de 2003.

Protejam o nosso bem mais precioso, necessitamos dele para respirar, para viver e é pertença de todos, protejam-no.