PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS

PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS
LUSITANOS LEVANTAI DE NOVO O ESPLENDOR DE PORTUGAL

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ajuda externa comporta enormes riscos.

Para nos abrir o "apetite", temos declarações dos nossos credores.
Somos os eternos pedintes da "UE", a que somos "obrigados" a permanecer nesta grande "família" jacobina neo liberal, que é dominada pelos "judeus", que dominam a economia mundial, e "mandam nos nossos governantes.

FMI: Portugal entrará em recessão profunda e poder de compra baixa já este ano.

O FMI prevê que a recessão em Portugal será profunda já este ano e que o poder de compra dos portugueses irá sofrer uma forte quebra nos próximos anos. A instituição considera também que o programa de ajuda externa, acordado em conjunto com a União Europeia, comporta riscos importantes.
No documento publicado ontem na página da Internet do FMI sobre o empréstimo a Portugal, intitulado «Portugal: Request for a Three-Year Arrangement Under the Extended Fund Facility», sobre o resgate de 78 mil milhões de euros a Portugal, a instituição diz,  que «as medidas de política anunciadas e a credibilidade dada pelo programa apoiado pelo Fundo podem falhar em aliviar as preocupações da dívida soberana, como um impacto adverso nas perspectivas de financiamento do Governo».

O documento alerta para que a «substancial consolidação orçamental» e a «reforma estrutural» requerem «consenso social e um consenso político continuado», e que «um crescimento menor que o esperado pode piorar a dinâmica de sustentabilidade da dívida pública».

Há também referência aos riscos para a banca, decorrentes de custos de financiamento mais elevados e aumento do crédito malparado, que podem gerar maior pressão sobre os bancos nacionais e obrigar à sua recapitalização com dinheiros públicos, o que «poderia ter efeitos macroeconómicos, orçamentais e de confiança».

Segundo a análise da instituição, a inflação vai atingir, este ano, os 3,5% - ou seja, mais do dobro do valor registado no ano passado. Em 2012, ainda ultrapassará os 2%. Com salários e pensões congeladas, prevê-se assim uma forte quebra do poder de compra dos portugueses nos próximos anos.

Quanto à taxa de desemprego, ultrapassará, já este ano, os 12% e no próximo atingirá os 13,4% (um ponto acima da última previsão), mantendo-se quase ao mesmo nível em 2013

Já a dívida pública, depois de um aumento de 93% para 106% ainda em 2011, o indicador irá agravar-se até 2013, ultrapassando então os 115,3%, para só começar a descer a partir de 2015.
Isto se tivermos "sorte", ou tenhamos aplicado os dinheiros no desenvolvimento da nossa Nação: Industria, comércio e agricultura e na redução dos gastos do Estado e na redução da dívida pública, e isto para quem acredita ainda em milagres.
Reduzimos os ministérios, mas não reduzimos a frota automóvel, nem cerca de 30 motoristas para cada carro, nem os gabinetes e seus assessores, nem as parcerias...
Temos mais uns para se encherem, já se encheram anteriormente, porque não agora, meter mais algum ao bolso e dos seus correlegionários?!...

Tu que já fostes a "senhora"de meio mundo, fostes honrada e respeitada, o teu povo tinha que comer, exportavas, pouco importavas do exterior... Agora estendes a mão como uma pedinte, a implorar que te dêem esmolas, que nem para pagar as dívidas chega e vês o teu povo na mais pura das misérias, por causa dos governantes que o teu povo escolhe... Estamos numa letargia que nunca mais nos larga...

Diversas...

Preços dos medicamentos genéricos baixam sexta-feira


O preço dos medicamentos genéricos vai descer entre 40 a 60%, esta sexta-feira. Ainda este ano esperam-se mais três revisões em baixo dos preços dos genéricos.
Os medicamentos genéricos vão ficar mais baratos a partir de sexta-feira. O preço deste tipo de fármacos será actualizado e alguns medicamentos mais vendidos, como omeprazol, para o estômago, sofrerão cortes de até 60%, se até aqui o medicamento custava 14,66 euros, a partir do dia 1 de Julho baixa para 5,92 euros.

O estado português apenas comparticipa os cinco medicamentos mais baratos de cada substância e, assim, os preços são revistos todos os trimestres pelos laboratórios.

Ainda este ano esperam-se mais três revisões em baixo dos preços dos genéricos.


Aumento do IVA e redução da Taxa Social Única deverão ocorrer em simultâneo



 O presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP), António Saraiva, defendeu esta terça-feira, à saída da cerimónia de posse dos secretários de Estado, que «a passagem de alguns produtos das taxas intermédia de IVA (13%) e reduzida (6%) para a taxa normal (23%) deverá ser acompanhada da redução da Taxa Social Única (TSU)».
António Saraiva aos jornalistas que teve a oportunidade de alertar o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira para uma eventual quebra de competitividade devido ao aumento do IVA «Qualquer aumento do IVA sem redução do imposto social implica a perda de competitividade de alguns sectores, desde logo aqueles que estão expostos aos vizinhos espanhóis. Tem de haver muita sensibilidade.», disse António Saraiva.

O presidente do CIP reforçou que «a passagem de alguns produtos das taxas intermédia de IVA (13 por cento) e reduzida (6 por cento) para a taxa normal (23 por cento) deverá ser acompanhada da redução da TSU».

O responsável adiantou também que outra das «grandes preocupações» da CIP, é o custo de acesso ao crédito.

O «patrão dos patrões» explicou ainda que o Governo se comprometeu a apresentar um conjunto de medidas de estímulo à economia nos próximos 100 dias.

Preços dos combustíveis deverão descer até três cêntimos esta segunda-feira

Os preços dos combustíveis devem descer até três cêntimos em Portugal, a partir desta segunda-feira, reflectindo assim o comportamento dos mercados que, segundo a Bloomberg, baixaram na semana passada 1,11% e 4,51%.
De acordo com o comportamento dos mercados, que baixaram os preços da gasolina e do gasóleo, na passada semana 1,1% e 4,5%, prevê-se uma diminuição dos preços dos combustíveis até três cêntimos por litro.

Actualmente em Portugal o preço de referência do litro de gasolina é de 1,589 euros enquanto o do gasóleo vale 1,414 euros. De acordo com o último relatório de Bruxelas, depois de impostos, o preço médio da gasolina 95 octanas praticado em Portugal é o quinto mais caro em toda a União Europeia. Já o gasóleo ocupa a 12ª posição entre os 27 países do espaço comunitário.

Diversas medidas para nos confundirem, abaixamentos de preçários de medicamentos "genéricos", aumento do IVA, em todos os sectores e abaixamento dos combustíveis em 3 cêntimos, o barril de crude está em baixa , só que não baixam os combustíveis como deviam em pelo menos em 14 cêntimos...
Vivemos num país da "confusão" e da mediocridade, mas temos o que merecemos, assim o prova as últimas eleições de 5 de Junho, não mudamos nada só escolhemos os mesmos partidos que já nos des-governaram...

Aonde irás parar Portugal?!...
Triste destino te antevejo, a ti e a teu povo.

Bancos Portugueses estarão entre os 15 chumbos nos testes de stress

De acordo com previsões avançadas pela Reuters, um em cada seis bancos não passará nos testes de resistência. Portugueses, alemães, gregos e espanhóis estarão entre os reprovados.
A Autoridade Bancária Europeia (EBA) está prestes a anunciar dentro de algumas semanas que entre 10 a 15 bancos europeus, entre as 91 instituições avaliadas, não passaram nos testes de stress, adiantaram à Reuters fontes europeias.

Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Banco BPI e Espírito Santo Financial Group (holding a que pertence o BES) são os quatro grupos financeiros nacionais que integram a lista de 91 instituições europeias submetidas aos testes de stress.

Recorde-se que nos testes realizados no ano passado, sete bancos chumbaram entre instituições gregas, espanholas e alemãs.

Entretanto fonte oficial do Banco de Portugal afirmou, em comunicado, que a notícia dos possíveis chumbos a bancos portugueses «é pura especulação», recordando que «o processo não está ainda concluído, não havendo, por isso, qualquer informação sobre os resultados».

Com isto vamos fazendo a cortina de fumo para encobrir estes altos gestores com chourudos ordenados e prémios, aonde iremos chegar?

Crise social no mundo é ameaça real‏

crise
Uma nova crise mundial se aproxima, prevê a ONU
O mundo enfrenta uma “crise social global” emergente provocada pelo desemprego generalizado, o elevado preço dos alimentos e combustíveis e outros efeitos da crise económica de 2008-2009, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) em relatório divulgado essa semana em Genebra, sede da entidade.
No documento, a ONU adverte que as políticas de austeridade adoptadas em vários países, principalmente na Espanha e na Grécia, ameaçam o emprego e põem em risco a recuperação das economias, agravando a crise social.
O secretário-geral adjunto da ONU para o desenvolvimento econômico, Jomo Kwame Sundaram, disse que os governos mundiais não estão conseguindo ajudar as 200 milhões de pessoas desempregadas em 2010 e que têm dificuldade em obter alimentos, por causa dos preços altos.
Segundo Sundaram, a acentuada alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis que precedeu a crise financeira mundial fez aumentar o número de pessoas com fome no mundo para mais de 1 bilião em 2009.  E a situação pode ser agravada pelas políticas de austeridade, alerta o relatório do Conselho Económico e Social da ONU, aconselhando prudência aos governos.
“As medidas de austeridade tomadas por alguns países excessivamente endividados, como a Grécia ou a Espanha, ameaçam o emprego no sector público e a despesa social como tornam a retomada mais incerta e mais frágil”, diz o documento.
“Os governos devem reagir com prudência às pressões para a consolidação orçamental e para a adopção de políticas de austeridade se não querem correr o risco de interromper a recuperação da sua economia”, acrescenta.
O relatório frisa que esse problema não diz respeito apenas às economias mais desenvolvidas, uma vez que “muitos países em desenvolvimento, nomeadamente os que se beneficiam de programas do FMI [Fundo Monetário Internacional], também sofrem pressões para reduzir a despesa pública e adoptar medidas de austeridade”.
No relatório, a ONU recomenda que os governos revejam “a natureza e os objectivos de base das condições” impostas pelas organizações internacionais para dar ajuda aos países em dificuldade.
“É essencial que os governos tenham em conta as prováveis consequências sociais das suas políticas económicas” em áreas como a nutrição, a saúde e a educação, para não penalizar o crescimento econômico a longo prazo, de acordo com o documento.

Descolonização, destruição de uma Pátria e não só! Excertos de um texto do Prof. Adriano Moreira

Após ter sido submetido ao saneamento Abrilesco, o Prof.Adriano Moreira, escreveu um texto explicativo, dirigido aos oficiais dos Cursos do Instituto Superior Naval de Guerra, que foi, também, a sua escola durante dezenas de anos. Publicado pela primeira vez em 1976 e do qual retiro uma pequenas parte.
“Não é descolonização um acto que abriu caminho à eliminação física e silenciosa de milhares de homens de todas a etnias, que entregou às piores violências mulheres e crianças portuguesas sem conta, que submeteu à humilhação membros das Forças Armadas Nacionais, e que obrigou à salvação da vida, pela fuga, a centenas de milhares de portugueses que tudo perderam, sem ao menos terem o amparo das opiniões públicas mundial e nacional, mantidas desinformadas dos acontecimentos.  Dizer que tudo se deve à falta de palavra dos interlocutores, é o mesmo que dizer que não houve política.

Não foi de descolonização que se tratou. Os retornados são as vítimas visíveis. Dos que não voltaram, não se sabe quantos é que não tiveram sequer direito a epitáfio. Todos, porém, têm direito ao respeito.

Em Portugal assistimos à confusão da Pátria com o regime derrubado, à negação da validade ecuménica da expansão, à destruição da imagem nacional dos sábios, heróis e santos, à humilhação dos símbolos de um passado secular. Nenhum povo merece isto. Nenhum povo pode ser humilhado e ofendido, não por inimigos externos, mas por nacionais. O povo português não tem de que arrepender-se. Pelo contrário, tem fundamentos indestrutíveis para se gloriar na contribuição que deu para que o género humano  possa ter hoje um sentimento planetário de interdependência e socialização. Mal servido, por vezes. Mas, na relatividade de cada época, nenhum o excedeu em moderação, isto somos nós?!...

O povo português tem o direito de exigir que respeitem a sua gesta mundial; tem o direito ao orgulho pelo seu passado; tem direito de impor isso aos seus nacionais. Pertence-lhe o direito de encarar os futuros  agora possíveis, sem humilhação, mas estamos a ser humilhados pelos nossos governantes e sua classe política, e pelos políticos estrangeiros.

Mas aquilo a que assistimos foi a uma destruição dos quadros técnicos forçados à dispersão pelo estrangeiro, ao fim das escolas profissionais técnicas...

O investimento nacional perdido não pode sequer ser  avaliado, nem estes governantes sabem estimar o que se perdeu. O País não tem qualquer possibilidade de reposição, sobretudo tendo em conta o que o aparelho do ensino entrou em perda acelerada. O único caminho é o da recuperação, a volta, mas isso não se faz, não se consegue, sem o prévio restabelecimento de uma economia e de uma administração, de um recuperar da nossa agricultura, indústria, pescas... Entretanto, os débeis serviços que se mantêm são entregues a pessoal recrutado entre camadas que frequentemente têm mais ambições do que capacidade. São o que há, e não o que é preciso.”
Hoje, batemos no fundo! Estamos em bancarrota! Pela terceira vez em 37 anos pedimos auxílio fora de portas, por incúria, por incompetência, por inépcia, por ignorância, podia continuar, mas para quê?!...Nada nos faz voltar atrás no tempo e recuperar o perdido, temos de caminhar em frente e lutar pelo que ansiamos.
Temos uma oportunidade de ouro para fazer a mudança!
Temos que esquecer a alternância e pensar em alternativa!!!!
Temos de dar voz aqueles que nos poderão dar início á mudança.
As palavras que escolhi de um longo texto do Professor Adriano Moreira, servem para da minha parte fazer uma merecida homenagem, ao meu antigo dirigente político, e a quem muito admiro, e que seria uma grande "ajuda", a mudar o nosso Portugal ,  e a alguém que, hoje com 88 anos, serviu a Nação,deu muito de si e sempre sem medo afirmou e disse o que pensava!!!!
Bem Haja, PROFESSOR ADRIANO MOREIRA!!!

De um grupo de ex-CDS, que muito o admiram.

Portugal perde 75% da ajuda europeia à pobreza‏

Portugal vai receber apenas 4,5 milhões de euros de ajuda alimentar da União Europeia no próximo ano, menos 16 milhões do que este ano e cerca de um quinto do que foi dado em 2010.
Os cortes no Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados são comuns a toda a Europa: o fundo fica-se pelos 113 milhões para o próximo ano, em comparação com os 500 milhões deste ano. Instituições de solidariedade receiam que a situação de milhares de pessoas a precisarem de ajuda para comer fique ainda pior.

Temos mais carenciados, não chamemos as coisas pelos seus nomes :temos mais pobres, mas vamos receber menos dinheiro , mas será que os políticos europeus endoideceram?
Não estão-se é marimbando para os "nossos" desgraçados.
Vivemos num mundo global, em que os pequenos nada importam, são simples engrenagens de uma máquina "Superior", quanto se desgastam "deita-se fora".
Viva esta Europa global e este mundo global e materialista.
Continuem sem fazer nada e verão aonde vamos cair!...Num buraco maior do que onde já estamos.

A miséria do nosso povo?!...

2731 famílias pediram ajuda, alegando carências e falta de controlo.
Já não consigo fazer nada. Por favor, tome conta dela." Foi com este desabafo que a mãe, cansada de ver a filha ausentar-se de noite para sair com más companhias e de não ter controlo sobre ela, foi à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lisboa/ Centro (CPCJ) "deixar" a filha adolescente. O mesmo fez o pai de duas meninas, de dois e quatro anos, após concluir que não tinha condições financeiras para cuidar delas. "Trouxe-as pela mão e disse: 'já não as quero'."Casos como estes são ás dezenas neste nosso recanto

Isto é afirmado por diversos funcionários  do CPCJ de Lisboa/Centro, diz que só nos últimos dois ou três meses, chegaram cerca de dez casos destes por dia, ninguém fala, ou leva estas noticias aos médias, porquê? Não intressa

Em que mundo estamos a viver, damos os nossos filhos porque já nem dinheiro temos para os sustentar, damos os nossos filhos porque não nos achamos com coragem de dar uma educação sã, e de lhes incutir uma moral aos nossos entes, que pais são estes, que sociedade em que vivemos. O que somos nós? que seres abjectos nos tornaram, que nem sabemos o que somos.
Temos dinheiro, para as mordomias do nosso dispendiosa máquina estatal, e nem fazemos leis e temos contributos para ajudar estes nossos conterrâneos.
Ajam, porque é urgente criar estruturas para apoiar e decidir o que se fazer.

Governo vai subir o IVA já em Julho

Governo vai subir o IVA já em Julho
PSD e CDS-PP decidiram acelerar medidas de austeridade e até meio do próximo mês vão alterar as taxas de vários produtos.
Até meados de Julho ficará decidido que produtos sobem de 6% para 13% ou 23%. Só os bens essenciais manterão a taxa mais reduzida. Esta será uma das primeiras medidas de austeridade do novo Executivo para travar os números negativos da execução orçamental e consta do programa do Governo aprovado em Conselho de Ministros que será apresentado hoje e discutido quinta e sexta-feira na Assembleia. Ontem foram conhecidos os 35 secretários de Estado (15 independentes, 12 PSD e oito CDS-PP).



Para estes haverá sempre tudo, já começamos com o"baile", e ainda o baile deu início, preparem-se para vermos a maior miséria, como nos tempos da 2ª guerra mundial.
Temos o que merecemos, somos um bando de carneiros a seguir os seus carneiros mores.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Energias renováveis

Desertec lucra com o recuo do nuclear


Central solar de Aïn Ben Mathar (Marrocos). Central solar de Aïn Ben Mathar (Marrocos).
O abandono do nuclear na Alemanha e na Suíça e o facto de, um pouco por toda a Europa, estar a ser posto em causa, beneficia os projectos assentes nas energias renováveis, como o que foi lançado por um consórcio alemão no Norte de África.
Entre as indústrias que observam de perto as revoluções árabes em curso há muitas empresas alemãs. Desde 2009, muitas delas – grupos financeiros como o Deutsche Bank e indústrias como a E.ON, a RWE e a Siemens – lançaram o consórcio Desertec, que está na origem de um projecto energético particularmente ambicioso: a exploração a grande escala da energia solar e eólica nos desertos do Norte de África para abastecer esses países, mas também a Europa, da electricidade de que precisam.
Os números avançados durante o lançamento do projecto são gigantescos: trata-se de cobrir, em 2050, as necessidades de electricidade do Médio Oriente, do Norte de África e, ainda, 15% do consumo do Velho Continente. O custo total do investimento ronda os 400 mil milhões de euros em 40 anos.
Sediado em Munique, o consórcio Desertec Industrial Initiative (DII), encarregue de criar as condições técnicas, jurídicas e económicas do projecto, até ao fim de 2012 é, no entanto, cauteloso. Para os seus responsáveis, não se trata simplesmente de um grande projecto “de 400 mil milhões”, mas de uma interligação de vários projectos locais, cerca de trinta, mais exactamente. É assim que Marrocos acaba de ser escolhido para a construção de uma primeira central solar de 500 megawatts.
Evidentemente, depois da revolução tunisina, há uma questão que inquieta os espíritos: a Desertec, concebida na era dos regimes ditatoriais da Tunísia e do Egipto, está a ser posta em causa pela “primavera árabe”?  Certamente, “as actuais mudanças políticas podem provocar atrasos na planificação das primeiras instalações”, mas não põem a Desertec em causa.
Pelo contrário. “A missão da DII – a valorização a longo prazo das energias renováveis para as populações locais e para exportação para a Europa – não perde significado em nenhum cenário”,  a população do Norte de África vai crescer extraordinariamente. Vamos assistir a um aumento da procura de energia, ao mesmo tempo que o emprego e as perspectivas económicas vão tornar-se uma urgência para os jovens.  A Desertec, é também o desenvolvimento de novas indústrias no Norte de África e no Médio Oriente, criação de emprego e transferência de tecnologias e de conhecimentos.”
Sinal encorajante para o consórcio: em meados de Abril, quatro ministros tunisinos concordaram com o lançamento de um estudo sobre a viabilidade dos grandes projectos de energia solar e eólica. Pelo seu lado, a Desertec abriu uma delegação em Tunes, dirigida por um antigo responsável da Siemens.

Abandono do nuclear pela Alemanha

Além do mais, no próximo mês de Novembro, a grande conferencia anual da Desertec será realizada no Cairo, sinal da confiança que os europeus têm no processo em curso no Egipto.
Apesar de não o dizerem explicitamente, dois acontecimentos recentes só podem confortar a Desertec: o apoio financeiro que o G8, reunido em Deauville, a 26 e 27 de maio, decidiu dar aos países em vias de democratização; e o abandono do nuclear pela Alemanha, que só podem reforçar as necessidades de energias renováveis.
Desdenhada pelos franceses, com excepção da Saint-Gobain que faz parte dos grupos que se juntaram aos fundadores, a Desertec recolhe a unanimidade na Alemanha e mostra bem como este país está a ganhar um grande avanço no capítulo das energias limpas.
Basta ver como os Verdes e o Greenpeace apoiam um projecto em que os grupos energéticos E.ON e RWE têm um papel importante, coisa nada frequente. O facto de o comissário europeu para a Energia ser um alemão, Günther Oettinger, também favorece o projecto.

Espanha

Eólica está de vento em popa

“O país europeu que melhor explora a energia eólica? Não é a Alemanha”, mas sim a Espanha. Actualmente, 21% da energia que usa é eólica, contra os 19% provenientes das suas oito centrais nucleares. Além disso, acrescenta o diário de Turim, “as energias renováveis, no seu conjunto, representam a segunda fonte de energia do país, com 32,3%. Os mais de 19 mil parques eólicos alimentam cerca de 13 milhões de famílias”, disse ao jornal o presidente da Associação Empresarial Eólica, segundo o qual Espanha exportou electricidade para França em 2010 e consegue um custo KW/hora dos mais baixos da Europa – 38 euros, contra 47,4 euros em França. Os subsídios do Estado são um dos elementos chave da difusão das eólicas mas, são inferiores aos alemães (77 euros por MW/hora em 2010 contra 92 euros).
Portugal, está parado, com a construção de mega barragens, que só vão submergir terrenos extremamente ricos, em vez de criar parques Eólicos e aproveitar a costa marítima para com as marés produzir energia e nos tornar quase autosuficientes, nada faz.
Poucos sabem que 67% da construção das "Eólicas", são produzidas em território nacional e é exportado para Espanha e os parques Eólicos são quase todos posse do Estado espanhol, mais uma vez o "governo", se esquece que importamos 88,6% da energia que consumimos, mas poderíamos ser um dos grandes exportadores mundiais.
Mas que fazer com obtusos a governarem( a encherem-se com os dinheiros dos contribuintes), vejam esta anomalia...
Até países do terceiro mundo, dentro em breve, se tornarão auto-suficientes e nós a vermos os "navios a passarem"...
Necessitamos de uma revolução, mas desta vez feita como deve ser.

Confiar a segurança a Bruxelas? No nuclear?!...



Deixar a segurança nuclear nas mãos dos Estados membros deixou de ser sustentável. Uma supervisão comum daria credibilidade aos promotores da energia atómica, ao limitar a influência política dos gigantes da energia.

Teria, o Primeiro-ministro checo, Petr Nečas, razão quando afirmava, no início de Junho, durante uma visita à Alemanha, que, no que lhes diz respeito, os Checos deviam ser os únicos decisivos em matéria de energia nuclear? Eis uma questão muito sensível para nós. Mas se nos libertarmos dos nossos preconceitos “contra Bruxelas”, do nosso arreigamento à “soberania” nacional e se encararmos a questão de forma razoável, a resposta deveria ser: não, não devem decidir sozinhos nem são obrigados a isso.
É preciso criar um Gabinete europeu único para a segurança nuclear por diversas razões. A energia nuclear não é um assunto da competência exclusiva dos Estados. Um acidente teria consequências em larga escala. Além disso, as autoridades nucleares nacionais não gozam da confiança que se exige nesta matéria. É, nomeadamente, o caso da República Checa. A questão das centrais nucleares suscita paixões tais que a directora do Gabinete Checo de Segurança Nuclear se desloca pessoalmente para celebrar a sua abertura, mesmo antes de entrarem em funcionamento oficialmente. Uma autoridade nuclear, independente e imbuída de um cepticismo saudável nunca deveria ter este tipo de comportamento.
Mas há quem defenda que a instalação de uma vigilância nuclear comum parece ser igualmente lógica, quando se tem em conta a diversidade cada vez maior de pontos de vista em matéria de energia nuclear. Num contexto que favorece as políticas comuns – de segurança, financeira, de vistos, contra os monopólios, etc. – o facto de existir um sector em risco, cuja segurança é garantida pelos Estados membros, cada um com a sua perspectiva diferente e apenas controlado por funcionários nacionais, não é sustentável a longo prazo.
Enquanto só a pequena Áustria nutria uma obsessão contra a energia nuclear, isso podia ser considerado como uma particularidade local.  Mas a partir do momento em que a grande Alemanha se coloca a seu lado, o medo da energia nuclear apodera-se de toda a UE.

Autoridade independente de pressões políticas

Já não poderemos ignorar o facto de que a energia nuclear é uma grande fonte de desconfiança mútua. Um controlo europeu da energia nuclear não estaria sujeito a pressões políticas. Um controlo europeu não se deixaria corromper pelas gigantescas empresas produtoras de energia.
Mais a mais, esta transferência poderia ser lucrativa até para os defensores da energia nuclear. Seria muito mais difícil voltar a por em causa o selo de aprovação de uma autoridade europeia – que, de resto, poderia incluir representantes alemães -que as autorizações distribuídas no âmbito da pequena comunidade Checa da energia nuclear onde todos se conhecem.
Basta uma vista de olhos sobre os quadros do Eurostat, para constatar que é nos antigos estados comunistas e nos grandes exportadores de electricidade (a França e a Grécia) que os preços da electricidade são mais baixos. Os Checos inserem-se nas duas categorias. Dispõem de carvão a bom preço, de energia nuclear, herança dos comunistas, e exportam quase toda a produção de [central de] Temelin. No entanto, a electricidade não é barata.
Os preços pagos pela indústria estão entre os mais elevados da UE (agora a electricidade na Alemanha é mais barata). A Alemanha está a construir um dos parques energéticos mais modernos do mundo. E a ČEZ (a empresa pública Checa abastecedora de electricidade) adapta discretamente os seus preços de venda da electricidade em função dos desempenhos do seu vizinho e ainda nem sequer começou a considerar seriamente a modernização.
E nós ficamos aonde?!...
Seremos sempre a "cauda" da Europa? Porquê? Se é em Portugal que se fabrica as torres Eólicas, e as exportamos para o resto da Europa e do mundo.
"Políticos", "Governantes", decidam-se de uma vez que a Nação tem que ser desenvolvida e competitiva, a balança tem que pender para o nosso lado quanto a exportações... Temos que nos desenvolver e tornar produtivos, criem incentivos e formem novos quadros técnicos mas como deve ser, não com cursos da "treta", reabram as escolas técnico-profissionais, dêem alento aos portugueses e a Portugal.

sábado, 18 de junho de 2011

Conheça os ministros do novo governo





O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, apresenta hoje a equipa ministerial do XIX Governo Constitucional assente numa coligação parlamentar PSD/CDS-PP ao Presidente da República, Cavaco Silva. (Em actualização)
 Estes são os nomes apontados para o novo Governo:
 Primeiro-ministro
Pedro Passos Coelho
 Ministro dos Negócios Estrangeiros
Paulo Portas
 Ministro das Finanças
Vítor Gaspar
 Ministro da Economia
Álvaro Santos Pereira 
Ministro da Defesa Nacional
Aguiar Branco 
Ministro da Administração Interna
Miguel Macedo 
Ministro da Justiça
Paula Teixeira da Cruz 
Ministro da Agricultura, Território, Mar e Ambiente
Assunção Cristas
 Ministro dos Assuntos Sociais
Pedro Mota Soares
 Ministro da Saúde
Paulo Macedo
 Ministro da Educação
Nuno Crato
Ministro dos Assuntos Parlamentares e Desporto
Miguel Relvas

Os novos "macacos"(porque vivemos todos uma grande macacada ), são estes que nos irão desgovernarem, em princípio por 4 anos, aí vamos a derrapar cada dia mais na "bancarrota".
Para os que votaram neles parabéns, escolheram uma grande coisa, parta os que se abstiveram, fizeram um grande acto( votaram neles na mesma, porque é assim que o método de Hont funciona).
Mais uns quantos que se vão encher, e ter uma boa clientela de amigos para colocar.

Estamos andando em roda...

Este sim é um Patriota!

Um Professor Doutor da economia!


O EXEMPLO PRESIDENCIAL, ANÍBAL CAVACO SILVA



Actualmente recebe três pensões pagas pelo Estado:

4.152,00 - Banco de Portugal.
2.328 ,00 - Universidade Nova de Lisboa.

2.876,00 - Por ter sido primeiro-ministro.

9.356,00 - TOTAL ( 1 875 709 $ 60 )

Podendo acumulá-las com o vencimento de P. R.
Que veio a publico recusar, também se não recusasse, ficaria sem ele( está sufragado por lei), e também era muito pequeno em relação aos que recebe mensalmente.


Porque será que não se cortaram estes PRIVILÉGIOS que este e outros ECONOMISTAS (e que passaram por governos e Banco de Portugal) acumulam descarada e vergonhosamente e ainda têm a desfaçatez e distinta lata de ir para as Televisões recomendar cortes nos salários de quem vive apenas do seu trabalho, redução de pensões (para os outros, claro!), para quem tem APENAS UMA pensão que lhe dê para viver com dignidade!!!!!!!!! - Afinal quem estará a provocar a "famigerada" falência da Segurança Social apregoada por esses senhores???


NENHUM PAÍS SE DESENVOLVEU COM ORIENTAÇÕES DESTAS E GENTE ASSIM !

O que é isso comparado com isto?!...

QUEM É ESTA FULANA?



220.000 contos/ ano ou 15.700 contos/Mês

...A NOVA CEO da EDP Renováveis

...que só vai dar dividendos em 2020!!!

Salário Milionário
Com uma remuneração anual fixa de 384 mil euros (cerca de 77.000 contos) para 2008, à qual acresce uma contribuição para o plano de pensão e ainda um prémio anual e um prémio plurianual para períodos de três anos, cada um dos quais até uma verba máxima de 100% do salário base.
Ou seja, se todos os seus objectivos de desempenho forem cumpridos, Ana Maria Fernandes receberá mais de 1,1 milhão de euros (220.000 contos) no seu primeiro ano como presidente de EDP Renováveis após a entrada da empresa na bolsa. Os valores mencionados constam do contrato de admissão.

Em 2009 só ganhou 2.240.000,00 €, 160 000, 00€ por mês…
          Quanto auferiu este ano( 2010), ainda não o conseguimos saber, está muito bem guardado.

          ESPALHEM MAIS ESTE ESCÂNDALO.

São valores mensais, não anuais...

(PODE NÃO PARECER, MAS SÃO VALORES MENSAIS!!!!....).
Isto dá vontade de rir, ou de chorar?!...
Vão dizendo ao povo para apertar o cinto, e com as medidas desta "troika", iremos é passar fome.

-Mata da Costa: Presidente dos CTT, 200.200 Euros
-Carlos Tavares: CMVM, 245.552 Euros
-Antonio Oliveira Fonseca: Metro do Porto, 96.507 Euros
-Guilhermino Rodrigues: ANA, 133.000 Euros
-Fernanda Meneses: STCP, 58.859 Euros
-José Manuel Rodrigues: Carris 58.865 Euros
-Joaquim Reis: Metro de Lisboa, 66.536 Euros
-Vítor Constâncio: Banco de Portugal, 249.448 Euros (este é que pode pagar mais IRS)
-Luís Pardal: Refer, 66.536 Euros
-Amado da Silva: Anacom, Autoridade Reguladora da Comunicação Social, ex-chefe de gabinete de Sócrates, 224.000 Euros
-Faria de Oliveira: CGD, 371.000 Euros
-Pedro Serra: AdP, 126.686 Euros
-José Plácido Reis: Parpública, 134.197 Euros
-Cardoso dos Reis: CP, 69.110 Euros
-Vítor Santos: ERSE, Entidade Reguladora da Energia, 233.857 Euros
-Fernando Nogueira: ISP, Instituto dos Seguros de Portugal, 247.938 euros (este não é o ex-PSD que se encontra em Angola !! )
-Guilherme Costa: RTP, 250.040 Euros
-Afonso Camões: Lusa, 89.299 Euros
-Fernando Pinto: TAP, 420.000 Euros
-Henrique Granadeiro: PT, 365.000 Euros

E ainda faltam as Estradas de Portugal, EDP, Brisa, Petrogal, todas as outras Observatórios e reguladoras ...

As famílias felizes da Madeira

As famílias felizes da Madeira



Foi publicado no jornal Tribuna da Madeira. O artigo, assinado pelo jornalista Paulo Fernandes Silva, revela de forma assombrosa o que se passa na relação entre algumas famílias e o poder. Não dá para acreditar. Aqui vai um excerto.

"Tida como a célula base da sociedade, a família é, muitas vezes, a rocha onde o Governo Regional melhor se apoia para funcionar. Ao longo dos anos e das legislaturas, agregados inteiros fizeram do Governo Regional uma espécie de 'segunda casa'. (...)

Famílias felizes
Ao presidente do Governo Regional cabem, naturalmente, as honras de abertura desta lista, ele que é o pai de Andreia Jardim, chefe de gabinete do Vice-Presidente João Cunha e Silva. Aliás, o auto proclamado 'ex-delfim' está bastante bem rodeado no que toca a adjuntos. Nuno Teixeira, filho de Gilberto Teixeira, assessor técnico da Secretaria do Turismo, e Maurício Pereira, filho do presidente da SAD do Clube Sport Marítimo, fazem parte do 'núcleo duro' de João Cunha e Silva. O 'vice' de Jardim tem ainda a mulher como assessora na secretaria do Planeamento e Finanças.

Outros secretários há com um elevado sentido de família. Brazão de Castro, dos Recursos Humanos, tem uma filha colocada nos serviços da Segurança Social, e Conceição Estudante, responsável pelos Assuntos Sociais, vai mais longe: o marido, Carlos Estudante, está à frente do Instituto de Fundos Europeus e a filha, Sara Relvas, é a directora regional da Formação Profissional.

Francisco Fernandes tem um filho na direcção do complexo de piscinas da Penteada, funções que desempenha em parceria com os descendentes de Rui Anacleto, director regional da Educação, e João Manuel Oliveira, director regional da Administração Pública. O irmão do secretário da Educação, Sidónio Fernandes, é presidente do conselho de administração do Instituto do Emprego, e a mulher é directora do pavilhão do Clube Amigos do Basquete, na Nazaré.

O presidente do Instituto do Desporto da RAM, Carlos Catanho José, tem o irmão Leonardo como director regional de Informática, e a filha da deputada Nazaré Serra Alegra, Maria do Rosário Baptista, é vogal do conselho de administração do Instituto Regional do Emprego. Saliência ainda para o casal Medeiros Gaspar/Fernanda Cardoso, ele deputado na ALM e ela directora regional dos Assuntos Europeus e da Cooperação Externa. O presidente do conselho de administração dos Portos, João Reis, tem a mulher como chefe de serviços da biblioteca da ALM, e o responsável pelo Gabinete Do Ensino Superior, João Costa e Silva, é casado com Graça Moniz, ex-funcionária da SRE e ex-administradora da UMa. (...)"


Estrada Poeirenta

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Leia o acordo do PSD e CDS/PP na íntegra

(Apreciem este acordo, que vamos "engolir"por 4 anos)?!...
Governo 

Leia o acordo do PSD e CDS/PP na íntegra

Económico  
16/06/11 13:2


Pedro Passos Coelho e Paulo Portas já assinaram o acordo político onde são definidos os principais objectivos do governo. Leia o documento na íntegra.
"Portugal está hoje confrontado com uma situação extremamente delicada, caracterizada por uma profunda debilidade económico-financeira que nos obrigou a recorrer, pela primeira vez em mais de três décadas, à ajuda externa. Uma debilidade económico-financeira que se projecta, de forma dramática, na degradação das condições de vida da generalidade dos Portugueses e que está inclusive a pôr em causa o desempenho, pelo Estado, das suas responsabilidades indelegáveis de protecção dos mais desfavorecidos e daqueles que se encontram numa situação de maior debilidade, bem como a promoção da igualdade de oportunidades e da mobilidade social.
As eleições legislativas do passado dia 5 de Junho representaram, porém, o surgimento de um novo horizonte de esperança. Porque deram nota, clara e inequívoca, da vontade dos nossos compatriotas de não se resignarem. Porque os seus resultados traduzem um claro desejo de mudança. E, sobretudo, porque tornaram patente que existem soluções, credíveis e claras, para retirar o País do actual estado de coisas e para o recolocar na senda do progresso e do desenvolvimento.
Enquanto representantes e intérpretes privilegiados da vontade popular, constitui dever de responsabilidade dos responsáveis políticos - de todos eles - retirar as indispensáveis ilações da vontade popular então expressa. E fazê-lo com sentido de responsabilidade e tendo em mente o objectivo primeiro para cuja realização lhes compete trabalhar: a defesa do interesse de Portugal e dos Portugueses.
Os desafios com que estamos confrontados são complexos e pesados. E os tempos que vivemos são, por isso mesmo, de exigência e de responsabilidade. Porque, mais do que mudar de políticas, o que está em causa é mudar o próprio modelo de desenvolvimento económico e social do País.
É possível, e é necessário, governar de forma diferente e, sobretudo, governar melhor. Para o conseguir, porém, é indispensável delinear uma solução política que não se traduza num mero arranjo de conveniência, preocupado apenas com a ocupação de lugares no poder, mas que seja tradução de um projecto coerente para mudar Portugal, para melhorar, de modo sustentado, as condições de vida dos nossos compatriotas e para voltar a colocar Portugal numa rota de convergência com os nossos parceiros europeus, de cooperação estreita com os Países de Língua Oficial Portuguesa e de renovado prestígio na comunidade internacional.
Assim, o PSD e o CDS/PP:
• Atenta a absoluta necessidade de dotar o País de um Executivo que assegure, com coerência e estabilidade, a condução dos assuntos da governação pelo período da XII Legislatura da Assembleia da República;
• Fiéis aos valores que os orientam, nomeadamente a preocupação central com a pessoa humana e a sua dignidade, aos princípios que definem a identidade de cada partido e ao percurso histórico que os caracteriza;
• Interpretando os resultados das eleições legislativas de 5 de Junho de 2011, das quais resultou uma maioria parlamentar dos dois partidos, correspondendo a uma maioria social de votantes superior a 50%;
• Tendo em conta o apelo, feito pelo Senhor Presidente da República, para que seja encontrada, no novo quadro parlamentar, uma solução governativa que disponha de apoio maioritário e consistente,
subscrevem o presente Acordo Político de Colaboração para o Estabelecimento de um Projecto Político de Legislatura, que se consubstancia nas seguintes regras:
FORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROGRAMÁTICA DO GOVERNO
1. O PSD e o CDS/PP reconhecem a absoluta necessidade de dotar Portugal de um Governo maioritário de coligação, condição primeira para fazer sair o País da crise actual e para criar as condições indispensáveis ao cumprimento dos compromissos estabelecidos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.
2. Para tal efeito, será constituído um Governo de coligação entre os dois partidos, sob a liderança do Presidente da Comissão Política Nacional do PSD e Primeiro-Ministro indigitado, Dr. Pedro Passos Coelho, ao qual cabe, nos termos constitucionais, a responsabilidade pela constituição do Governo.
3. Embora sustentado no apoio parlamentar dos dois partidos subscritores, o Governo terá a preocupação de alargar a sua base de apoio, para isso estabelecendo o indispensável diálogo com personalidades, organizações e instituições da sociedade civil, que se revejam no propósito de mudança que aquele visa protagonizar.
4. A criação das condições de confiança, tanto junto dos portugueses como dos nossos parceiros internacionais, requer absolutamente que o nosso País tenha um Governo de Legislatura. Nessa medida, o PSD e o CDS/PP comprometem-se, através das respectivas direcções políticas e dos seus órgãos próprios, a empreender todos os esforços com vista a garantir a estabilidade e a continuidade desse Governo.
5. O Governo de coligação terá como preocupação fundamental da sua actuação ao longo da legislatura a realização dos seguintes objectivos:
a. Gerir e resolver a grave situação financeira, assumindo os custos e as condicionantes inerentes. Para o efeito, o Governo compromete-se com a execução de um Plano de Estabilização Financeira e de um Plano de Emergência Social que proteja os mais vulneráveis, bem como com o cumprimento dos termos do Memorando de Políticas Económicas e Financeiras acordado entre o Governo Português, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Queremos reconstruir a confiança da comunidade internacional em Portugal e acautelar o prestígio do nosso país no processo de construção europeia e no quadro da Lusofonia;
b. Criar condições para acelerar a retoma do crescimento económico e a geração de emprego, com vista à melhoria das condições de vida dos cidadãos, apostando na valorização do trabalho e repondo a mobilidade social, especialmente para os mais jovens. O Governo promoverá o aumento da produtividade e da competitividade como via para o crescimento económico sustentado e para a criação de emprego, tornando-se um factor de segurança para os Portugueses.
c. Garantir o Estado Social através da criação de condições para a sua sustentabilidade económica, financeira e inter-geracional, evitando a exclusão social, assegurando uma mais justa repartição dos sacrifícios, mediante uma ética social na austeridade que proteja em particular os grupos mais frágeis da sociedade, nomeadamente os pensionistas com pensões mais degradadas.
d. Iniciar as transformações estruturais necessárias para um crescimento sustentável a todos os níveis: travar e reduzir o endividamento do Estado e diminuir a sua despesa, nomeadamente através da redução de estruturas e dirigentes em todos os níveis do Estado e do seu sector empresarial; assegurar o reforço da independência e da autoridade do Estado, garantindo a não partidarização das estruturas e empresas da Administração e assegurando uma cultura de mérito, excelência e rigor em todas, com enfoque na qualidade dos serviços prestados ao cidadão.
e. Abrir um novo horizonte de futuro à juventude, preparando-a para a empregabilidade e a competitividade na nova sociedade do conhecimento, actuando sobre a qualidade e a exigência do sistema de ensino com promoção do mérito, do esforço e da avaliação; e desenvolvendo a ciência, a tecnologia, a inovação, o ensino técnico-profissional e a formação contínua no mundo empresarial.
f. Aumentar a poupança, reduzir o endividamento externo, exportar mais e melhor e depender menos das importações, através de políticas adequadas de ajustamento macroeconómico e reforçando a inovação, o empreendedorismo, a acção externa coerente e uma nova política energética. Acreditamos no papel insubstituível da iniciativa privada, pelo que daremos atenção especial às PME e adoptaremos políticas que contribuam para o aumento da sua produtividade e competitividade. O Governo valorizará os novos sectores estratégicos, designadamente os que têm maior impacto nos bens transaccionáveis, dando a devida prioridade à agricultura e florestas, à economia do mar e das pescas, ao turismo e à cultura, promovendo uma política de proteção ambiental e um desenvolvimento sustentado do território, sem descurar todos os restantes sectores que contribuam para o aumento da capacidade exportadora, que será crítica no curto e médio prazo para a criação de postos de trabalho e para o aumento do rendimento.
g. Remover bloqueios e constrangimentos à recuperação económica, com especial destaque para as seguintes reformas: da concorrência e dos respectivos reguladores; do mercado de trabalho, viabilizando a empregabilidade e a contratação; do mercado de arrendamento, promovendo a mobilidade, a reabilitação urbana e a diminuição do endividamento das famílias; do sistema fiscal, valorizando nomeadamente o trabalho, a família e a poupança; da Segurança Social, garantindo a sua sustentabilidade, a solidariedade inter-geracional e a progressiva liberdade de escolha, nomeadamente dos mais jovens.
h. Reformar a justiça, tendo em vista a obtenção de decisões mais rápidas e com qualidade, tornando-a num estímulo ao desenvolvimento económico e ao investimento. Será prioridade do próximo Governo a recuperação da credibilidade, eficácia e responsabilização do sistema judicial e o combate à corrupção.
i. Promover o desenvolvimento humano e social, qualificando os portugueses para a era da globalização onde o conhecimento terá uma importância acrescida. O Governo defenderá a humanização da prestação de cuidados de saúde e a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. O Governo reconhece a importância da economia social e pugnará pela máxima utilização da capacidade instalada, nomeadamente nos sectores da educação, saúde e solidariedade.
j. Garantir a condição primeira do exercício da liberdade, que é a segurança dos cidadãos, nomeadamente através do reforço da motivação das forças de segurança e da sua eficácia operacional.
6. A realização desses objectivos centrais será feita em obediência às orientações traçadas no "Acordo relativo às Bases Programáticas do Governo de Coligação".
7. Os partidos signatários assumem, desde já, que o acordo referido no ponto anterior constituirá o fundamento do programa do Governo a apresentar à Assembleia da República.
II
COLABORAÇÃO NO PLANO PARLAMENTAR
1. Por forma a garantir, permanentemente, a coerência e a estabilidade do projecto político que o Governo de coligação corporiza, o PSD e o CDS/PP, no respeito pela identidade própria de cada um, assumem o princípio de colaboração activa no apoio, em sede parlamentar, à sua actuação, seja no que toca às orientações estratégicas por ele delineadas, seja no que respeita às medidas concretas por ele propostas.
2. Para isso, os partidos signatários comprometem-se a votar solidariamente, em sede parlamentar, designadamente, as seguintes questões
a. Programa do Governo;
b. Moções de confiança e de censura;
c. Orçamentos, grandes opções do plano e iniciativas de suporte ao Programa de Estabilidade e Crescimento;
d. Medidas de concretização dos compromissos constantes dos entendimentos celebrados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional;
e. Propostas de lei oriundas do Governo;
f. Actos parlamentares que requeiram maioria absoluta ou qualificada, incluindo projectos de revisão constitucional;
g. Propostas de referendo nacional;
h. Eleições dos órgãos internos da Assembleia da República, com excepção da do Presidente da Assembleia, em que os Partidos têm compromissos prévios, ou dos órgãos a ela externos em que deva fazer representar-se, assegurando uma adequada representação de ambos.
3. A listagem prevista no ponto anterior é exemplificativa, devendo a concertação entre ambos os partidos estender-se a outras matérias ou questões, sempre que tal for considerado conveniente, após consultas prévias entre as direcções dos respectivos Grupos Parlamentares.
4. No âmbito da actuação parlamentar, o PSD e o CDS/PP comprometem-se ainda a:
a. Garantir a informação e consulta prévias em todas as iniciativas legislativas da responsabilidade de qualquer dos partidos;
b. Apresentar, em termos e prazos a definir, um projecto conjunto de revisão constitucional, sem prejuízo da existência de ante-projectos próprios. No âmbito desse projecto conjunto, deverão merecer especial atenção, entre outros, os temas relacionados com a reforma do sistema político, do sistema judicial e dos órgãos de regulação, bem como, ainda, a problemática da limitação do endividamento público;
c. Abster-se de apresentar qualquer iniciativa parlamentar que colida com a actividade do Governo;
d. Desenvolver os melhores esforços no sentido de procurar viabilizar as iniciativas parlamentares de cada um dos partidos.
5. A concertação na actividade em sede parlamentar será assegurada por via de uma estrita e permanente articulação entre as Direcções dos respectivos Grupos Parlamentares e da realização, sempre que tal for considerado adequado, de reuniões conjuntas desses Grupos.
III
COLABORAÇÃO POLÍTICA EXTRA-PARLAMENTAR
1. Reconhecendo a necessidade de a coerência e estabilidade do seu projecto político conjunto ser assegurada a todos os níveis, o PSD e o CDS/PP assumem que a colaboração mútua deve abranger, ainda:
a. No respeito pela identidade própria de cada partido, a cooperação e a mobilização das respectivas estruturas e responsáveis, em todos os escalões da sua organização interna;
b. A troca de informações e a consulta mútua no que respeita a actos eleitorais que venham a ocorrer no decurso da vigência do presente Acordo.
2. Sem prejuízo do disposto no ponto anterior, a decisão sobre matérias relativas às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira respeitará a autonomia estatutária dos órgãos regionais de ambos os partidos.
IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
1. O presente Acordo entra em vigor na data da sua assinatura e vigorará por todo o período da XII Legislatura da Assembleia da República.
2. O presente Acordo é celebrado num espírito de colaboração empenhada, permanente, leal e franca e em obediência a um propósito único: a promoção do interesse nacional."

h. Eleições dos órgãos internos da Assembleia da República, com excepção da do Presidente da Assembleia, em que os Partidos têm compromissos prévios, ou dos órgãos a ela externos em que deva fazer representar-se, assegurando uma adequada representação de ambos.
3. A listagem prevista no ponto anterior é exemplificativa, devendo a concertação entre ambos os partidos estender-se a outras matérias ou questões, sempre que tal for considerado conveniente, após consultas prévias entre as direcções dos respectivos Grupos Parlamentares.
4. No âmbito da actuação parlamentar, o PSD e o CDS/PP comprometem-se ainda a:
a. Garantir a informação e consulta prévias em todas as iniciativas legislativas da responsabilidade de qualquer dos partidos;
b. Apresentar, em termos e prazos a definir, um projecto conjunto de revisão constitucional, sem prejuízo da existência de ante-projectos próprios. No âmbito desse projecto conjunto, deverão merecer especial atenção, entre outros, os temas relacionados com a reforma do sistema político, do sistema judicial e dos órgãos de regulação, bem como, ainda, a problemática da limitação do endividamento público;
c. Abster-se de apresentar qualquer iniciativa parlamentar que colida com a actividade do Governo;
d. Desenvolver os melhores esforços no sentido de procurar viabilizar as iniciativas parlamentares de cada um dos partidos.
5. A concertação na actividade em sede parlamentar será assegurada por via de uma estrita e permanente articulação entre as Direcções dos respectivos Grupos Parlamentares e da realização, sempre que tal for considerado adequado, de reuniões conjuntas desses Grupos.
III
COLABORAÇÃO POLÍTICA EXTRA-PARLAMENTAR
1. Reconhecendo a necessidade de a coerência e estabilidade do seu projecto político conjunto ser assegurada a todos os níveis, o PSD e o CDS/PP assumem que a colaboração mútua deve abranger, ainda:
a. No respeito pela identidade própria de cada partido, a cooperação e a mobilização das respectivas estruturas e responsáveis, em todos os escalões da sua organização interna;
b. A troca de informações e a consulta mútua no que respeita a actos eleitorais que venham a ocorrer no decurso da vigência do presente Acordo.
2. Sem prejuízo do disposto no ponto anterior, a decisão sobre matérias relativas às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira respeitará a autonomia estatutária dos órgãos regionais de ambos os partidos.
IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
1. O presente Acordo entra em vigor na data da sua assinatura e vigorará por todo o período da XII Legislatura da Assembleia da República.
2. O presente Acordo é celebrado num espírito de colaboração empenhada, permanente, leal e franca e em obediência a um propósito único: a promoção do interesse nacional."

As leis e as suas práticas

O Art.º-141.º Do Código Penal é simples e claro: "Será condenado na pena de prisão maior de vinte a vinte e quatro anos, todo o português que: 1.º intentar, por qualquer meio violento ou fraudulento ou com auxílio estrangeiro, separar da mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro todo ou parte do território português, ou por qualquer desses meios ofender ou puser em perigo a independência do País. 2.º Tomar armas, debaixo das bandeiras de uma nação estrangeira, contra a Pátria". Simples e claro como o juízo do nosso povo, quanto à forma como a Pátria foi mutilada.

Não venham os "analistas políticos" com a cantiga que não se podem, nem se deve punir quem nos levou a esta situação critica a nossa Nação.
Dizem esses senhores que isso levaria a uma fragmentação da sociedade civil, e traria muitos problemas ao Estado/Nação, no meu prisma só se for o de julgar a cambada de corruptos políticos e não só e congelar todos os seus bens, e mais tarde passa-los para os cofres do Estado e condena-los a penas de prisão máximas... Temos a lei do nosso lado, não temos é a coragem de a pôr em prática porque a corrupção instalou-se em todo o lado da sociedade em que vivemos...

Continuo a afirmar que não serviu de nada estas eleições, o único objectivo alcançada em 5 de Junho foi mudar o primeiro- ministro e o governo, porque de resto temos é novos governantes a preparem-se para encher os seus bolsos e dos seus "amigos".

Será que o nosso povo continua "adormecido"?
Mais de 41% em abstenção, diz alguma coisa, mas o povo mesmo desiludido não se deve abstrair do seu dever, porque como cidadãos devem sempre exercer (dar a sua opinião), o seu direito de votar.
Acredito que precisamos de pessoas idóneas que formem ou "tomem" um partido e se apresentem ao povo com ideias sérias e concretas, e que demonstrem por actos que o interesse da Nação está acima de tudo.Mas sei que até agora essas pessoas idóneas não se atrevem a dar a cara e a pegar nos destinos desta nobre Pátria, e isto porque vêem que as leis actuais não ajudariam a mudar o que se tem de mudar.

Continuamos por isso a viver no reino do regabofe e do clientelismo e das luvas... Temos de nos unir e começar a trabalhar para as próximas eleições, que são as autárquicas, aqui poderemos dar inicio a uma mudança que poderá ser demorada mas que dará bons resultados no final, é preciso trabalhar.

A UE no mundo de Malta/Itália

Nos campos dos esquecidos


Malte. O ingreso do hangar de Hal Far. Malte. O ingresso do hangar de Hal Far.

Depois de Lampedusa, em Itália, o arquipélago de Malta é o destino preferido de centenas de africanos que fogem dos combates na Líbia. Mas aqui, a Europa parece um hangar insalubre onde eles são armazenados, na esperança de obterem um improvável asilo político. 
Enclausurados, à chegada, em centro fechados, os exilados que são identificados como “vulneráveis” foram repartidos pelos centros de acolhimento abertos. Um deles está reservado para as famílias. Chama-se Hal Far e fica no terminal de uma linha de autocarros, ao lado de lojas e de casas normais, à beira das pistas e um aeroporto abandonado.
É lá que vivem cerca de trinta famílias, à espera de protecção internacional. Quase sempre húmido, o ar, ali, é sufocante no verão e glaciar no inverno. Vindo de Tripoli com a mulher e o filho de dezasseis meses, Dawit, um etíope de 35 anos, faz parte dos moradores de infortúnio do hangar. “Agradeço às autoridades maltesas que salvaram o meu barco do naufrágio e que nos acolhem”, diz ele, em jeito de preâmbulo. “Mas é preciso dizer que este lugar é terrível, verdadeiramente terrível. Somos somalis, etíopes, eritreus e alguns ganeses e argelinos. Aqui só há famílias com crianças. O mais novo tem um mês e meio. E também há uma mulher que deu à luz à chegada. Tiraram-na do centro de detenção e quando o bebé nasceu, voltaram a trazê-los para cá.”
“Estamos todos esgotados”, continua ele, “E onde é que nos metem? Neste hangar, onde tudo é sujo e perigoso. Temos falta de luz, há apenas dois néons para isto tudo e nada que nos ilumine nas tendas. O pavimento está oleoso, a drenagem de água está avariada, os ratos correm por todo o lado. Tudo isto é tóxico. Os bebés metem os dedos na boca, nos olhos, têm infecções, estão doentes. Têm que ir constantemente ao hospital. Vimos um médico italiano chorar ao olhar para eles. Da última vez que tive de ir à farmácia comprar medicamentos para o meu filho, paguei 39 euros. Isto não pode continuar. O verão está a chegar. Com o calor, isto vai ser insuportável. Estamos reconhecidos, mas este lugar não foi feito para seres humanos.”
Dawit repete várias vezes que não tencionava vir para a Europa. Professor de inglês, foi obrigado a embarcar para fugir dos combates e, também, da violência de que são objecto os africanos subsarianos. Entre os pais que tiveram a mesma sorte que ele há um estudante de medicina, um engenheiro informático e um tradutor. Alguns deixaram os seus países de origem por causa de perseguições e obtiveram estatuto de refugiados. Todos tinham projectos de vida na Líbia. E todos eles estiveram à beira da morte durante o seu périplo pelo Mediterrâneo.

"As crianças adoecem umas a seguir às outras"

Do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (HCR) às associações humanitárias no terreno, os testemunhos coincidem. No  hangar, as tendas distribuídas pela Cruz Vermelha suíça estão alinhadas em três filas de dez tendas cada uma. Cerca de 150 pessoas, incluindo bebés, vivem ali, agrupadas por famílias. À volta do edifício foram instalados contentores com 16 camas cada um onde estão instalados, separadamente, os homens e as mulheres que estão sós.
A Jesuit Refugee Service (JRS), uma associação de assistência jurídica e social presente em Malta para apoiar os refugiados diz: “As crianças adoecem umas a seguir às outras. Torna-se crónico e grave”. “Quando as primeiras famílias ali foram instaladas, a  primeira reacção foi dizerem que preferiam voltar para o centro de detenção! Via-se voluntários a chorarem quando estavam a distribuir água, leite, carrinhos de bebé ou fraldas. Mas a culpa não é nossa(Europa), resolvam eles os seus problemas.

Este estado de coisas também é válido para aquilo que as autoridades locais e os próprios refugiados chamam Tent Village, a aldeia das tendas, a algumas centenas de metros do hangar. Grandes tendas instaladas a céu aberto, em parte destruídas pelos grandes vendavais de Fevereiro. Mesmo em bom estado, estes abrigos protegem mal da chuva e do vento, e do sol ainda pior como constatou o HCR.

"As autoridades organizam a penúria para encorajarem as pessoas a partir"

“No hangar e na Tent Village, as condições estão abaixo dos mínimos aceitáveis, especialmente para as famílias com crianças”, o HCR de Malte, retomando a linguagem administrativa própria das organizações internacionais. “Os equipamentos sanitários e as condições de vida não são apropriadas para estadias tão prolongadas e estes centros não foram concebidos para pessoas vulneráveis”, diz a HCR.

De facto, até agora, nem o hangar nem as tendas tinham alguma vez servido para albergar famílias. E nos últimos meses, quando os barcos deixaram de chegar, estiveram fechados. Porque o acordo sobre migração assinado entre a Itália e a Líbia acabou por dar resultado. “Durante um ano, com excepção de um barco que chegou em Julho passado, não houve mais chegadas”, a HCR, só que com o recrudescer da instabilidade na Líbia e Tunísia essa acalmia desapareceu.

A situação em Hal Far é insustentável. Por causa do isolamento geográfico dos refugiados, vê-se a “guetização” a que são sujeitos. “Nada foi feito para melhorar as instalações. As condições até pioraram”, porque “em vez de tratarem das possibilidades de instalação e integração aqui, as autoridades maltesas apostam tudo na reinstalação ou na relocalização noutros países europeus ou ocidentais. Isso corresponde à estratégia que traçaram. Organizam a dura penúria nas instalações para encorajarem as pessoas a partirem em vez de ficarem cá”, adianta. Por outras palavras, Malta privilegia a emergência para evitar a instalação de recém-chegados e obrigar os seus parceiros europeus a acolhê-los.Coisa que concordo plenamente com o governo de Malta, os Alemães e os Franceses ...que os acolham...

Contexto

Malta e Itália sozinhas perante o fluxo de refugiados

Desde o início dos bombardeamentos “aliados” na Líbia, a “push-back policy” de expulsão de imigrantes deixou de funcionar. Mouammar Kadhafi avisou que a sua guarda costeira deixaria de travar os imigrantes, como costumava fazer desde o acordo ítalo-líbio de Agosto de 2008, reactivando o fantasma da invasão. Malta, tal como Itália, queixa-se de falta de meios financeiros e ausência de solidariedade europeia naquilo a que os países da UE chamam “partilha de obrigação” de asilo. Apesar dos combates, que comprometem a maior parte deles, os Estados membros, por enquanto, não desencadearam o processo excepcional dito de protecção temporária, adoptado numa directiva de 2001 e nunca aplicado, com o objectivo de oferecer aos refugiados “uma protecção imediata e acolhimento no território”. Que seria a desgraça destes países e a rápida invasão muçulmana, já não chegam os que cá estão e se multiplicam como "gafanhotos"...

Ou seja, por um lado as autoridades maltesas e italianas continuam a gerir sozinhas as chegadas e, por outro, podem sempre recusar o estatuto de refugiado com o argumento de que a pessoa terá de voltar para o seu país de origem. Por isso, os etíopes como Dawit têm poucas possibilidades têm de obter asilo) e ainda bem para nós), ao contrário dos eritreus, dos somalis e dos sudaneses do Darfour( grande parte são cristãos, mas mesmo assim deviam seguir o caminho dos outros também) para quem o HCR fez recomendações explícitas de protecção.
Não se percebe duas medidas para situações semelhantes.

Imigração

Lampedusa, um posto avançado na tempestade


Um barco que transporta imigrantes prepara-se para atracar em Lampedusa, a 21 de fevereiro de 2011. Um barco que transporta imigrantes prepara-se para atracar em Lampedusa.
Desde meados de Fevereiro, a ilha italiana tem acolhido vários milhares de imigrantes vindos da Tunísia, de barco. Com meios limitados, por um tempo deplorável, e sem apoio político, os habitantes tentam controlar a situação. Reportagem num local onde se evoca um estado de guerra.
Dito assim, pode ser impressionante mas, no entanto, é exactamente como se a Itália se estivesse a preparar-se  para uma guerra. Para a Itália – que já participou numa – é uma espécie de segunda guerra da Líbia [a primeira, que começou em Setembro de 1911, e marcou o início da colonização italiana da Líbia].
Como uma trombeta da história, os C 130 asseguram febrilmente as evacuações paralelas: por um lado, evacuam-se os tunisinos de Lampedusa e, por outro, os italianos de Tripoli, porque agora, de um lado e de outro deste pequeno canto do Mediterrâneo, quem pode foge, para não mais voltar. Os navios de guerra dirigem-se para o Estreito da Sicília, para se juntarem à pequena frota que já ali está. E todas as bases aéreas estão em alerta máximo. Em resumo, preparam-se para o pior.

A paciência dos insulares é posta à prova

E, enquanto isso, vigiam o mar, à espera do inimigo. Mas o inimigo não pode ser esta armada de barcos de carga cheios de imigrantes ilegais: há qualquer coisa de errado nesta guerra. Na noite de terça para quarta-feira(dias 9 e 10 de Junho), de um mar revolto desembarcaram em Lampedusa mais 5250 refugiados: tinham percorrido 60 milhas náuticas desde a cidade de Sfax, na Tunísia, metade da distância que os separa da costa siciliana.
Na véspera, apesar da tempestade e da frota em alerta vermelho, alguns conseguiram chegar a terra: secaram a roupa, calçaram os sapatos e dirigiram-se ao bar mais próximo para comerem qualquer coisa quente. O centro de acolhimento de clandestinos – que acabava de ficar vazio – ultrapassou, mais uma vez, a sua capacidade para 1000 pessoas: a meio da semana passada, 2500.
Os clandestinos chegam e partem em grande número e é evidente que esta situação não se pode manter. “Sobretudo se o mar estiver calmo, porque se o mar estiver calmo e Kadhafi se render, o que vimos até agora não será nada, comparado com o que aí virá”.

Para dizer a verdade, já muita coisa se passou em Lampedusa. A artéria principal e as ruelas do centro estão cheias de tunisinos que gastam o seu dinheiro nos bares, nos supermercados e, sobretudo, nas lojas onde carregam os telemóveis. A posição adoptada (ou seja, a de não fechar os imigrantes no centro) revelou-se, até agora, a melhor: mas uma semana depois, esta estratégia começa a pôr duramente à prova a paciência dos insulares.

Todas as portas estão fechadas à chave

Em muitos dos bares o café é servido, agora, em copos descartáveis “porque os clientes da terra  se recusam a beber pelas mesmas chávenas por onde eles bebem”.
As crianças já quase não saem de casa: todas as portas estão fechadas à chave e as meninas são sempre escoltadas por um adulto, mesmo que seja para percorrerem apenas 100 metros. A paciência dos habitantes está a chegar ao fim: e pensam nos números que ouvem debitar durante todo o dia. Tanto por Roma como por Bruxelas. Dezenas de milhares. Cem mil. Talvez 300 mil. Os números variam, mas mesmo os mais optimistas são sinónimo de catástrofe.
Dino De Rubeis, o gigantesco presidente da Câmara de Lampedusa, afirma: “Como vêm, estamos cá e nunca nos manifestámos. Albergámo-los em todo o lado, passámos noites no cais, oferecemos-lhes cigarros… Mas Lampedusa não pode resolver isto sozinha. Precisamos de ajuda”.
Dino De Rubeis faz cara feia perante os despachos das agências, cheios de más notícias: o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados lança um apelo para que “os imigrantes não sejam reprimidos”; a União Europeia pede à Itália que abandone a ideia de repartir os magrebinos por todo o continente, uns quantos aqui, uns quantos acolá; o Governo italiano, sem saber mais para que lado dançar, encara a possibilidade de instalar enormes cidades de tendas na Sicília. Os homens observam o horizonte e falam da chegada de mau tempo.

Histórias e anedotas contadas com sotaques fantásticos

A sua prece de um mar agitado e ventos de 40 nós foi ouvida e, por falar em desembarques, ontem, Lampedusa parecia a Normandia, com borrascas vindas de Nordeste, rajadas de chuva fria e um vento gelado que convidavam a ficar fechado em casa. É bom para a guerra, mas mau para a ilha: há dois dias que o barco que a abastece, vindo de Porto Empedocle não se pode fazer ao mar. Os aviões não estão em melhor situação: ontem, por causa do mau tempo, foram anulados dois voos que deviam ter transferido um grupo de imigrantes.
Assim estão as coisas no posto avançado da Itália e da Europa, à espera da anunciada invasão magrebina. Nos bares e nas tabernas onde as pessoas se refugiaram, por causa da chuva, entrelaçam-se histórias e anedotas contadas com sotaques fantásticos.
Recorda-se o que aconteceu em 1980, quando Kadhafi lançou dois mísseis contra a base do LORAN [Long range navigation, sistema de navegação rádio por emissores terrestres] de Lampedusa, falhando o alvo em alguns quilómetros. E sublinham-se as bizarrias desta guerra, que se confunde com uma outra que já dura há algum tempo entre os pescadores de Mazara del Vallo e os barcos das guardas costeiras líbia e tunisina.
O arrastão que socorreu 40 magrebinos à deriva, na noite de terça-feira, é o “Raio de Lua”. Exactamente há um ano, este mesmo “Raio de Lua” foi abordado e apreendido pela guarda costeira de Kadhafi por intromissão em águas territoriais líbias… Ou seja, esta guerra não é nova.
Pergunta-se, o que fazer com estes "imigras"?
Acho que ninguém sabe fazer o que fazer, mas o que vemos é uma invasão de muçulmanos, e de mais miséria para esta desgraçada Europa Mediterrânica, que é a mais paupérrima ...

Lampedusa, é o espelho da impotência europeia

A frase célebre do [escritor italiano] Giuseppe Tomasi di Lampedusa – "Tudo tem de mudar para ficar tudo na mesma" – mostrou não ser verdadeira em Lampedusa.Com a explosão de revoluções na Tunísia e na Líbia, "a assustadora vaga de famílias desafortunadas que emigram" atingiu esta ilha italiana com a força de um tsunami, deixando-a numa situação "trágica". "Lampedusa tornou-se a medida das possibilidades limitadas da Europa em termos de imigração ilegal e de política de asilo", e por incrível que seja e vejamos com os nossos olhos a Frontex, a agência que controla as fronteiras da UE, não dispõe de meios próprios e é obrigada a pedir aos Estados-membros que forneçam a polícia e os fundos necessários. "Um dignitário [da UE] disse recentemente que os imigrantes deveriam ser re-enviados para os seus países de origem. Para quê? Para lhes ‘darmos as boas vindas’ no dia seguinte? E porque não afoga-los no caminho?!", pergunta  irónica mas plausível de se fazer, iremos prejudicar-nos e ás nossas gerações, para sermos "humanos", e para ficarmos bem na "foto" dos direitos humanos? Que se lixe isso, primeiro os nossos e depois os outros, sou contra o mundo global, que não nos leva a lado nenhum correcto.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Crise da dívida

A Grécia pode afundar o euro


Numa altura em que a Standard & Poor's dá à economia grega a mais baixa notação de crédito do mundo, o editor de Economia do Irish Times defende que, se a longa história de disfunção política e económica do país aponta o seu futuro, os outros 16 países da Zona Euro também estão em risco.

A Grécia é um Estado à beira da falência. Tem falta de coesão social e está profundamente dividida. A sua economia está em estado de choque. Se a história do país serve de guia para o seu futuro, vêm aí problemas muito sérios.
Há mais de um ano, quando a troika das instituições que atualmente supervisionam o apoio financeiro à Irlanda aterrou pela primeira vez em Atenas, havia a esperança de que o país mais mal governado da Europa desenvolvida pudesse ser colocado nos trilhos.
Um novo governo tinha então tomado posse e as suas personalidades mais destacadas pareciam sinceras acerca do empenho numa reforma radical. Muitos gregos, especialmente os jovens e as pessoas cultas que reconheciam o grau de disfuncionalidade do país, apoiaram a rutura. Falou-se muito de oportunidades em tempo de crise.
Essa conversa já não faz sentido. A crise representa agora apenas ameaças e riscos.
Sob muitos aspetos, isso não surpreende. A disfuncionalidade crónica do Estado grego há muito que se instalou. Desde a independência, há quase dois séculos, a Grécia viveu guerra civil, golpes de Estado, deslocamentos em massa de populações, ditaduras e terrorismo.
Não há melhor espelho da sua situação do que a questão que tem atraído a atenção do mundo para o país nos últimos 18 meses: o caos orçamental. De acordo com um estudo feito pelos historiadores económicos Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, o Estado grego tem sido deficitário cerca de um em cada dois anos, desde que foi fundado, na década de 1820. Lutando com a segunda maior dívida pública do mundo, está de novo a enveredar por essa via.
A incapacidade do Estado grego para permanecer solvente é explicada em parte pela História. Província do Império Otomano durante séculos, a Grécia não acompanhou as grandes alterações políticas e sociais da Europa Ocidental. Uma das consequências disso é uma sociedade civil muito fraca e uma limitada tradição de instituições independentes. Os que exercem o poder político na Grécia fazem-no com um grau de absolutismo invulgar na Europa democrática.
O desencadear da crise da dívida soberana da Europa pela Grécia é disso o exemplo mais pertinente. Em países onde os limites do exercício do poder são respeitados, as estatísticas são tratadas de forma independente. Na Grécia, durante a última década, o Governo forçou o instituto nacional de estatística a publicar números altamente recriados e colocou gente de confiança a garantir que eram os que apareciam.
Após uma mudança de Governo, a extensão da fraude foi revelada no final de 2009. Durante os primeiros meses de 2010, foi-se espalhando lentamente pelo mercado de títulos que o Estado grego estava falido. Desde então, o mundo tem convivido com as consequências da crise da dívida soberana na Zona Euro.

Economia paralela

A vastidão da economia paralela da Grécia reflete não apenas a fraqueza do Estado na aplicação imparcial da lei, mas também uma falta de solidariedade social. Um estudo realizado pelo economista alemão Friedrich Schneider avalia-a em 2010 em um quarto da economia oficial grega, em 2010. Dos 21 países desenvolvidos incluídos na pesquisa, a Grécia liderava a tabela.
A venalidade na vida pública é outra razão para a falência do Estado grego. De acordo com a Trans- parency International, era o país mais corrupto da Europa desenvolvida em 2009 e o 57º do mundo no índice de corrupção da organização (a Irlanda está em 16º [numa escala crescente da incidência da corrupção]).
A corrupção é um hábito muito difícil de eliminar, uma vez instalada. Entre outras coisas, fratura a sociedade. E não faltam tensões e cicatrizes na sociedade grega. Ainda em 1974, o país era uma ditadura militar e sofria todas as injustiças tipicamente associadas a esses regimes, incluindo detenções arbitrárias, tortura e execuções sumárias.
Tudo isso veio somar-se à guerra civil da segunda metade da década de 1940, em que morreram 50.000 pessoas. Hoje, a Grécia continua a ser a sociedade mais militarizada da Europa, com despesas das mais altas do continente para a Defesa. A violência nas ruas é comum e persiste um mundo obscuro de células terroristas, embora pouco ativas nos últimos anos. Se a economia se deteriorar mais, existe o risco de alguns radicais e desesperados procurarem resposta no extremismo violento.
As probabilidades de a situação piorar são elevadas. Tensões sociais e corrupção crescente não são, em si, causa de fraqueza económica – basta ver a China e a Índia –, mas não ajudam. Infelizmente para a Grécia, mesmo que ambos os problemas desaparecessem imediatamente, não há motivos para acreditar que a corrosão económica parasse.
A Grécia exporta tão pouco que é a economia mais fechada dos 27 países que formam a UE. Uma pequena economia de pouco mais de 10 milhões de pessoas não pode nunca enriquecer sem exportar.
E nenhuma economia pode enriquecer sem inovar. O melhor indicador da capacidade de inovação de um país é o montante gasto em investigação e desenvolvimento. Na Grécia, as empresas e o Estado gastam anualmente 0,5% do PIB em investigação, menos de um terço da média da UE. Dos 15 membros mais antigos da UE, manteve constantemente os gastos mais baixos em investigação.
Há poucas razões para se ser otimista em relação à Grécia. A sua economia, política e sociedade não funcionam. Isso não é apenas muito mau para os gregos, mas também para os outros 16 países da Zona Euro. Se o país implodir, pode levar consigo ao fundo a moeda única.

Visto de Atenas

Renegociação ou perspetiva de um suicídio


O debate está aceso, na Praça da Constituição, onde, há duas semanas, os "Indignados" de Atenas se reúnem aos milhares, à noite, para manifestarem a sua condenação da situação económica e social do país. Entre eles, Yannis Varufakis, professor de Economia da Universidade de Atenas, enviou uma carta ao primeiro-ministro George Papandreu. Nela, o professor convida Papandreu a ir até à praça "anunciar aos manifestantes  que chegou o momento de levantar a cabeça e olhar os problemas de frente: não vamos receber mais um cêntimo da Europa, se não aplicarmos as medidas que ela impõe."
Mas para Kapsis, mesmo que o primeiro-ministro conseguisse convencer dessa forma os seus compatriotas sobre a necessidade da austeridade e das privatizações em massa que são exigidas, “de qualquer modo não vamos ter êxito – porque não vamos conseguir fazer novo empréstimo e pagar a nossa dívida."
"O professor Varufakis não está louco". "Sabe que a Europa não quer a falência grega, daí a necessidade de reabrir o debate sobre os eurobonds [títulos europeus da dívida]. Mas sabemos que há quem queira excluir a Grécia do Euro. A renegociação da dívida é um placebo. É como ameaçar com um suicídio... Resta saber se isso vai acontecer."

Vamos dar mais 8 a 10 anos e veremos a desintegração desta malfadada "União Europeia", e sairemos do jugo destas potencias (Alemanha e França), comandadas pelos bancários judaicos/jacobinos neo liberais, que só pensam no lucro fácil , e os seres são meros números de cifras monetárias.Devemos por isso (Portugal) antecipar-se  e saíramos desta "UE", QUE SÓ NOS TEM TRAZIDO MISÉRIA PARA O NOSSO POVO.

E. Coli na Europa:... uma reflexão oportuna!!!

 

E. Coli na Europa:... uma reflexão oportuna!!!
Divulguem. Mas antes leiam isto tudo. É caso para alarme se for verdade. Será como dizem, uma retaliação dos laboratórios americanos contra a Espanha por não ter aceite os Transgénicos?
Cada um ajuizará segundo a sua consciência e sapiência...
Mas que esses "Iluminatti" e quejandos andam para aí a fazer as deles... lá isso andam!!
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Escherichia Coli Criada em Laboratório

Enquanto deitam a culpa de um lado para o outro na Europa, onde uma cepa super resistente da bactéria Escherichia Coli (e. coli) está deixando as pessoas doentes e a encher os hospitais na Alemanha, quase ninguém está a falar sobre como a E. coli poderia magicamente ter se tornado resistente a oito diferentes classes de antibióticos e de repente começado a aparecer no fornecimento de alimentos.
Esta variação particular de E.coli é parte da cepa O104 e esta cepa quase nunca é resistente a antibióticos. Para que elas possam adquirir esta resistência, elas devem ser repetidamente expostas a antibióticos a fim de exercer  uma "pressão de mutação", que as leva direção à imunidade completa contra os antibióticos.
Então, se está curioso em saber as origens de tal cepa, você poderia basicamente fazer uma engenharia reversa do código genético da E. coli e determinar, com bastante precisão, a que antibióticos foi exposta durante o seu desenvolvimento. Este trabalho já foi feito (leia mais abaixo), e quando se analisa a descodificação genética desta linhagem O104 que agora ameaça os consumidores de alimentos em toda a Europa, um retrato fascinante emerge de como ela pode ter sido criada.

O Código Genético Revela a História
Quando os cientistas no Instituto Robert Koch da Alemanha descodificaram a composição genética da linhagem O104, eles descobriram que ela é resistente a todas as seguintes classes e combinações de antibióticos:
o Penicilinas
o Tetraciclina
o Ácido nalidíxico
o Cotrimoxazol
o Cefalosporina
o Amoxicilina / ácido clavulânico
o Piperacilina-Sulbactam sódico
o Piperacilina-tazobactam

Além disso, esta linhagem O104 possui uma capacidade de produzir enzimas especiais que lhe dão o que poderia ser chamado de "super poderes bacterianos", conhecida tecnicamente como ESBLs:
"Beta-lactamases de Espectro Estendido (ESBLs) são enzimas que podem ser produzidas por bactérias tornando-as resistentes às cefalosporinas, como por exemplo: cefuroxima , cefotaxima e ceftazidima - que são os antibióticos mais utilizados em muitos hospitais", explica a Agência de Protecção à Saúde do Reino Unido.
Ainda além disso, esta linhagem O104 possui dois genes, - TEM-1 e o CTX-M-15 - que "têm feito os médicos tremerem desde a década de 1990",  reportou o jornal londrino The Guardian.
E por que é que elas fazem os médicos estremecerem? É porque elas são tão mortais que muitas das pessoas infectadas com estas bactérias são vítimas de falha dos órgãos críticos e simplesmente morrem.

Criando uma Super-bactéria Mortal
Então como exactamente que uma bactéria aparece do nada, que é resistente a mais de uma dúzia de antibióticos em oito diferentes classes de medicamentos e ainda apresenta duas mutações de genes letais, além de capacidades da enzima ESBL?
Há realmente apenas uma maneira de isso acontecer: você precisa expor essa cepa de E. coli a todas as oito classes de antibióticos. Normalmente, isso não é feito ao mesmo tempo, é claro: primeiro precisa expô-la à penicilina e encontrar as colónias de sobreviventes que são resistentes à penicilina. Então pega nessas colónias sobreviventes e as expôe à tetraciclina. As colónias sobreviventes são resistentes à penicilina e tetraciclina. Em seguida, as expõe a um medicamento à base de sulfa e recolhe as colónias sobreviventes, e assim por diante. É um processo de selecção genética feita em laboratório, com um resultado desejado bem específico. Trata-se essencialmente como algumas armas biológicas são projetadas pelo Exército dos EUA no seu laboratório em Ft. Detrick, Maryland.
Embora o processo seja mais complicado do que isto, a conclusão é que a criação de uma cepa de E. coli que seja resistente a oito tipos de antibióticos requer repetidas e consistentes exposições a esses antibióticos. É praticamente impossível imaginar como isso poderia acontecer de forma espontânea no mundo natural. Por exemplo, se esta bactéria teve origem nos alimentos (como nos disseram), então onde é que ela adquiriu toda esta resistência aos antibióticos dado o fato que os antibióticos não são utilizados em vegetais?
Ao considerar a evidência genética que agora nos confronta, é difícil imaginar como isso poderia acontecer naturalmente. Embora a resistência a um antibiótico seja comum, a criação de uma cepa da E. coli que seja resistente a oito diferentes classes de antibióticos em conjunto simplesmente desafia as leis de permutação e combinação genética na natureza. Simplificando, esta cepa de super-bactéria E. coli não poderia ter sido criada na natureza. O que nos deixa com apenas uma explicação de onde ela realmente veio: de um laboratório.

Tríade Hegeliana: Problema, Reacção, Solução
As evidências apontam agora que esta cepa mortal da E.coli foi projetada em laboratório, e em seguida, foi libertada no abastecimento de alimentos ou de alguma forma escapou de um laboratório e entrou na cadeia alimentar inadvertidamente.
Se você não concordar com essa conclusão, então você é forçado a concluir que esta super-bactéria octobióticas (imune a oito classes de antibióticos) se desenvolveu de forma aleatória por si só... e esta conclusão é muito mais assustadora do que a explicação da "bio-engenharia" porque significa que super-bactérias octobióticas podem simplesmente aparecer em qualquer lugar a qualquer momento, sem justa causa. E esta seria com certeza uma teoria mirabolante.
Minha conclusão realmente faz mais sentido: Esta cepa de E. coli foi quase certamente criada em laboratório, e em seguida libertada no fornecimento de alimentos com uma finalidade específica. E qual seria o seu propósito?
É a velha tríade novamente sendo utilizada aqui: problema, reacção e solução, conhecida também como "dialéctica hegeliana": Primeiro causam um problema (a cepa mortal da bactéria E. coli no fornecimento de alimentos). Então, aguardam a reacção do público (enorme clamor pois a população está aterrorizada pela E.coli). Em resposta a isso, decretam a sua solução desejada (o controle total sobre o abastecimento global de alimentos e interdição de brotos crus, leite cru e vegetais crus).
É disso que se trata, é claro.
A FDA baseou-se no mesmo fenómeno nos EUA, ao empurrar para o seu recente "Acto de Modernização da Segurança Alimentar", que basicamente criminaliza as pequenas fazendas orgânicas familiares ao menos que elas lambam as botas dos reguladores da FDA. A FDA foi capaz de esmagar a liberdade de agricultura nos EUA, utilizando-se do medo generalizado que seguiu os surtos de E.coli no abastecimento de alimentos dos EUA. Quando as pessoas têm medo, lembre-se, não é difícil fazê-las concordar com quase qualquer tipo de tirania regulamentar. E fazer as pessoas ficarem com medo de sua comida é uma questão simples... basta o governo enviar algumas notas pelo seu gabinete de imprensa por email à média corporativa afiliada.

Primeiro Proíbem a Medicina Natural e Depois Atacam o Abastecimento de Alimentos
Agora, lembre-se: tudo isso está acontecendo na esteira da proibição de ervas medicinais e suplementos nutricionais na União Europeia  - a proibição que descaradamente criminaliza terapias nutricionais que ajudam a manter as pessoas saudáveis e livres de doenças.
Agora que todas estas ervas e suplementos estão proibidos, o próximo passo é fazer com que as pessoas fiquem também com medo de vegetais frescos. Isso porque os vegetais frescos são medicinais, e enquanto o público tiver direito a comprar vegetais frescos, poderão sempre evitar doenças.
Mas se você pode fazer as pessoas terem medo de vegetais frescos, ou até mesmo proibi-los totalmente, então você pode forçar a população inteira a uma dieta de alimentos mortos e  processados, que promovem doenças degenerativas e impulsionam os lucros das poderosas companhias farmacêuticas.
Verá que é tudo parte da mesma agenda: manter as pessoas doentes, negar-lhes acesso às ervas medicinais e suplementos, e em seguida, lucrar em cima do seu sofrimento nas mãos dos cartéis de drogas globais.
É claro que os transgénicos também desempenham um papel semelhante nesta história inteira: Eles são projetados para contaminar o abastecimento de alimentos com o código genético que causa infertilidade generalizada entre os seres humanos. E aqueles que são de alguma forma capazes de se reproduzir após a exposição aos transgénicos continuam a sofrer de doenças degenerativas que enriquece as empresas farmacêuticas durante os "tratamentos".
Lembra-se qual foi recentemente o país alvo da E.coli? A Espanha.
Por que a Espanha? Você deve se lembrar que os cabos que vazaram do Wikileaks revelaram que a Espanha resistiu à introdução de transgénicos no seu sistema agrícola, mesmo quando o governo dos EUA veladamente ameaçou com retaliação política por sua resistência. Esta falsa culpa da Espanha pelas mortes causadas pelo E.coli é provavelmente a retaliação pela falta de vontade da Espanha de entrar no "comboio" dos transgénicos.
Essa é a verdadeira história por trás da devastação económica dos agricultores de vegetais da Espanha. É um dos sub-roteiros que estão sendo seguidos paralelamente a este esquema da super-bactéria escherchia coli.

Alimentos como Armas de Guerra - Criados pela Indústria Farmacêutica?
Aliás, os culpados mais prováveis de terem criado esta cepa de E. coli são os grandes laboratórios farmacêuticos. Quem mais tem acesso a todos os antibióticos e os equipamentos necessários para gerir as mutações provocadas potencialmente a milhares de colónias de E.coli? As companhias farmacêuticas estão numa posição única para tanto executar esta tarefa quanto também lucrar com isso. Em outras palavras, eles têm os meios e as motivações para executar tais acções.
Além das empresas de remédios, talvez apenas os reguladores de doenças infecciosas têm este tipo de capacidade laboratorial. O CDC, por exemplo, provavelmente conseguiria fazer isto se eles realmente quisessem.
A prova de que alguém criou esta cepa de E. coli através de bio-engenharia está escrita no ADN da bactéria. Isto é evidência forense, e o que isto revela não pode ser negado. Esta cepa foi submetida a repetida e prolongada exposição a oito diferentes classes de antibióticos, e depois de alguma forma conseguiram fazer com que ela aparecesse no abastecimento de alimentos.
Como você consegue fazer isto se não for através de um planeamento bem feito realizado por cientistas desonestos? Não existe tal coisa como "mutação espontânea" para uma cepa que é resistente às 8 mais potentes classes de antibióticos que são vendidos pela indústria farmacêutica nos dias de hoje. Tais mutações têm que ser deliberadas.
Mais uma vez, se você não concordar com essa conclusão, então o que está aceitando é que isto não foi feito deliberadamente... aconteceu acidentalmente! E neste caso, então eu digo que é ainda mais assustador! Porque isso significa que a contaminação por antibióticos do nosso mundo agora está em um nível tão extremo de exagero que uma cepa de E. coli na natureza pode ser saturada com oito diferentes classes de antibióticos ao ponto em que se transforma naturalmente em uma super-bactéria mortal.
Se as pessoas acreditam nisto, então isso é uma teoria mais assustadora do que a explicação da bio-engenharia!

Uma Nova Era Começou: Armas Biológicas na sua Comida
Mas em ambos os casos, não importa o que acredita, a verdade simples é que o mundo está enfrentando uma nova era global de novas estirpes de bactérias que não podem ser tratadas com qualquer farmacêutico conhecido. Elas podem, é claro, ser facilmente mortas com prata coloidal, que é exatamente a razão da FDA e os reguladores de saúde terem atacado violentamente as empresas de prata coloidal por todos estes anos: eles não podem deixar o público ter em suas mãos antibióticos naturais que realmente funcionam. Isso colocaria por terra todo o propósito de fazer todo mundo doente em primeiro lugar.
Na verdade, essas cepas de super-bactérias E. coli podem ser muito facilmente tratadas com uma combinação de antibióticos naturais de plantas como o alho, gengibre, cebola e ervas medicinais. Além disto, pro-bióticos podem ajudar a equilibrar a flora do trato digestivo e "expulsar" qualquer bactéria mortal que aparecer. Um sistema imunitário saudável e o bom funcionamento do trato digestivo podem combater uma infecção pela super-bactéria E. coli, mas isso é outro facto que a comunidade médica não quer que se saiba. Não podemos esquecer também da importância da Vitamina D em manter o sistema imunitário funcional. Eles preferem muito mais que você continue a ser uma vítima indefesa deitada no hospital, esperando para morrer, sem opções disponíveis além dos perigosos "remédios" da indústria farmacêutica. É isto que é a "medicina moderna". Eles causam os problemas que eles pretendem tratar, e então não vão nem sequer trata-lo com qualquer coisa que poderia realmente cura-lo.
Quase todas as mortes agora atribuídas a este surto de E.coli poderiam ter sido evitadas rápida e facilmente. Estas são as mortes da ignorância. Mas também são as mortes de uma nova era de armas biológicas baseadas em alimentos desencadeadas por um grupo de cientistas malucos, ou por alguma uma instituição seguindo uma agenda específica que declarou guerra contra a população humana.

Actualizações Sobre este Surto de E.Coli
o 22 mortes até agora já foram relatadas, sendo que  2.153 pessoas já adoeceram e possivelmente estão enfrentando falência renal.
o O Ministério da Agricultura da Alemanha anunciou que mesmo sabendo que a origem do surto é uma fazenda alemã de alimentos orgânicos, eles ainda não retiraram as advertências para que as pessoas evitem comer tomate e alface. Em outras palavras, manter o povo com medo! Isto sem falar que agora ficou claro que o alvo desta armação são as fazendas de alimentos orgânicos. Será que veremos muito em breve a Monsanto anunciar que criou sementes de vegetais imunes à esta bactéria? ;)
o "A variante alemã da E. coli, conhecida como O104, é uma híbrida das cepas que podem causar diarreia sanguinolenta e danos nos rins chamada síndrome hemolítico-urêmica", relatou o Jornal The Independent.
o Um total de dez nações europeias registou surtos da cepa de E. coli, principalmente por pessoas que haviam visitado o norte da Alemanha.
o Esta história é de um jornal alemão, e que sugere que o surto de E. coli pode ter sido um ataque terrorista. Sim, um ataque terrorista pelas companhias farmacêuticas em cima de pessoas inocentes, como de costume...

Wikileaks Brasil: EUA força França e Espanha a aceitar transgênicos