PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS

PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS
LUSITANOS LEVANTAI DE NOVO O ESPLENDOR DE PORTUGAL

sábado, 4 de junho de 2011

PORTUGAL A VOTOS NO DIA 5 DE JUNHO

Este texto que se segue é de um cidadão preocupado, consciente da situação actual, sonha com uma mudança profunda. Apartidário, apela à reflexão séria e profunda, evitando tendências de esquerda ou de direita, evocando verdades que facilmente conseguem ser corroboradas através de uma curta pesquisa no espaço global virtual, relembrando situações há muito ocorridas, que nos continuam a assombrar…
são estes os factos que nos têm acompanhado a par e passo nas últimas décadas:
DÉFICE
O défice para 2010 de 8,6%, muito responsabilizado pela nacionalização do BPN, apoios ao BPP e a inclusão no perímetro das Administrações Públicas de três empresas de transporte – a REFER, o Metro de Lisboa e o Metro do Porto.
Estamos, e iremos pagar o resultado da gestão danosa, correndo de uma ponta do PS, terminando no PSD – recordo que um dos administradores do BPN era o conselheiro de estado do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
EMPRESAS PÚBLICAS
Metro de Lisboa – presidente Francisco José Cardoso dos Reis, tem no seu currículo a presidência da CP – Comboios de Portugal, EP, e durante o Governo de António Guterres foi Presidente da REFER, cargo que se demitiu após vitória do PSD nas eleições legislativas de 2002. Já agora, e referente à REFER, o seu lugar foi sucedido José Braamcamp Sobral (PSD), que após derrota do PSD em 2005, preside de momento Luís Filipe Pardal, filiado do PS… coincidências!
No caso de vitória do PSD, veja quem assumirá a presidência da REFER – é dado o cargo não por competência, mas por clientelismo!
A propósito é de referir a ofensa dos salários atribuídos aos administradores e vogais das empresas públicas. A relembrar este caso em 2009, referente ao Metro do Porto:
http://pt.scribd.com/full/51831483?access_key=key-1qje7vrz5mmtbjr0txbm
Carris
http://economia.publico.pt/Noticia/carris-administracao-recebeu-viaturas-topo-de-gama-em-ano-de-buraco-financeiro-de-7766-milhoes_1487820
O problema está na relação entre os valores ganhos e o que fazem ganhar à empresa (ou seja a cada um de nós). Estamos a falar de pessoas que auferem mais que o Presidente da República, pagos pelos contribuintes, que neste momento se reflecte no défice que cada um de nós está a pagar!
O PS e PSD rejeitaram as propostas do CDS, PCP e do BE para limitar as remunerações dos gestores públicos.
http://aeiou.expresso.pt/chumbada-limitacao-dos-salarios-dos-gestores-publicos=f632972
É vergonhoso que uma empresa pública como a RTP que apresenta constantemente resultados negativos, tenha pago aos seus cinco gestores, durante o ano de 2010, acima de 1 M€, sem contar com encargos sociais.
Os Países Baixos estabeleceram um tecto para os seus gestores públicos. Não foi por isso que perdeu gente qualificada.
O Governador do Banco de Portugal aufere 243 mil €/ano; em comparação ao cargo homologo, o da reserva federal americana, 137 mil €/ano.
Avaliação às auditorias internas pelo Tribunal de Contas:
http://economia.publico.pt/Noticia/tc-chumba-auditorias-internas-nas-empresas-publicas_1490585
Antes da dissolução da Assembleia, Cavaco Silva recusou a opção de fazer uma verdadeira auditoria das contas públicas, fechando os olhos, como tem sido feito ao longo dos anos…
Só para destacar as recentes notícias:
O estado pretende dar à REFER e Metro do Porto 36 M€ a cada empresa, subindo a fasquia para os 42 M€ para o Metro de Lisboa… pretende gastar até 2019 1 225,8M€ apenas com estas 3 empresas – mais de 150 M€ garantidos por ano… Este ano “só” são 114 M€… onde é baseado o aumento deste apoio? E não são traçados objectivos??? Porque são cortadas as reformas, os salários, as pensões, e é aumentado desmesuradamente os apoios sem qualquer tipo de contrapartidas?
Este é o resultado da dívida soberana e a relação desta com o PIB, das sucessivas governações:
1996: ~55 M€  ~58% pib – guterres
1997: ~57 M€  ~54% pib
1998: ~58 M€  ~50% pib
1999: ~63 M€  ~50% pib
2000: ~66 M€  ~49% pib
2001: ~72 M€  ~51% pib
2002: ~79 M€  ~54% pib
2003: ~83 M€  ~56% pib – barroso
2004: ~91 M€  ~58% pib – barroso/santana lopes
2005: ~102 M€  ~63% pib – sócrates ps
2006: ~109 M€  ~64% pib
2007: ~113 M€  ~68% pib
2008: ~118 M€  ~72% pib
2009: ~133 M€  ~83% pib
2010: ~152 M€  ~92% pib
CONCESSÕES
só para recordar… o caso da Lusoponte:
Decorria o ano de 1994 quando Joaquim Ferreira Amaral, enquanto Ministro das Obras Públicas, transportes e comunicações no XII Governo Constitucional de Cavaco Silva, assinou a concessão que passava a gestão da ponte 25 de Abril para as mãos de privados, no caso concreto, a Lusoponte. A agravante está que o actual contrato, já revisto pela sétima ou oitava vez, prevê que seja automaticamente concessionado a ponte Chelas-Barreiro ou, em alternativa, que existam compensações pelo tráfego perdido na Vasco da Gama e 25 de Abril.
Curiosamente, os dois ministros que negociaram em nome do Estado com a Lusoponte, levando o Tribunal de Contas a pronunciar-se recentemente, dizendo que a Lusoponte saiu indevidamente beneficiada em vários aspectos, negoceiam agora em nome da Lusoponte com o Estado.
Ferreira do Amaral , que lançou o concurso público internacional para a construção da Vasco da Gama, é hoje o Presidente Não-Executivo do Conselho de Administração da Lusoponte. Já Jorge Coelho, ministro do Equipamento Social de Guterres, que negociou em 2001 um acordo global com a empresa para pôr fim a sucessivos pedidos de reequilíbrio financeiro, é hoje o Líder Executivo da Mota-Engil, a empresa que é a principal accionista da Lusoponte, com uma posição de 38 por cento.
Até agora, e como detectou o Tribunal de Contas, numa auditoria que arrasou as decisões do Estado e o Acordo Global celebrado com a Lusoponte, a concessionária tem saído sempre a ganhar nas negociações que tem feito com o Estado. Só pelo facto do Estado ter prolongado a concessão 7 anos as perdas foram superiores a 1000 M€. Além disso a Lusoponte beneficiou de 250 M€ a mais e 11 anos do prazo de concessão a mais. No final, o Estado acabou por se tornar no mais importante e decisivo financiador da concessão, sem a explorar, com um contrato que permitia transferir, para o Estado, riscos que caberiam, em condições normais, à esfera de responsabilidade da concessionária.
BANCA
Um recente estudo do economista Eugénio Rosa refere que, segundo o Boletim Estatístico de Março de 2011 do
Banco de Portugal, a banca a operar em Portugal obteve, do BCE, financiamento no valor de 14.407 M€ em 2008; de 19.419 M€ em 2009; e de 48.788 M€, pagando uma taxa de juro de apenas 1%, o que determinou que, por este volume de empréstimos, deverá ter pago ao BCE cerca de 826 M€. Segundo também o Boletim do Banco de Portugal, a banca cobrou pelos empréstimos que, com esse dinheiro obtido do BCE, depois concedeu a particulares, a empresas e ao Estado, taxas de juro médias que variaram entre 5,05% e 6.87%, o que permitiu à banca embolsar, nos três anos, juros que somaram 4.683 M€. Se subtrairmos a esta receita de 4.683 M€, os juros que teve de pagar ao BCE – 883 M€ – ainda restam 3.828 M€, que constitui a sua margem financeira liquida obtida só com o financiamento do BCE à taxa de 1%.
E assim torna-se também mais fácil compreender porque é que o anúncio do fim dos próximos financiamentos do BCE tanta perturbação lançou entre os principais banqueiros do nosso País!
SUBMARINOS
Não questiono aqui a sua utilidade – é uma tema que extravasa o contexto dos factos – mas o seguinte negócio:
Foi pedido pelo Paulo Portas que a qualidade do equipamento fosse reduzida, por motivos financeiros. Entre as reduções das capacidades técnicas dos submarinos e abdicando do empréstimo de dois submarinos usados que a Armada portuguesa, era previsto uma redução de 30 M€… contudo o que se veio a verificar foi o valor da adjudicação não sofreu qualquer alteração, pagando na mesma os 712 M€!? Para onde foram os 30 M€?
É impressionante como é que os nossos políticos vezes sem conta demonstram ser nada mais do que ladrões sem escrúpulos que em nada beneficiam Portugal. São possuidores de um currículo impressionante de fraudes e corrupção. Neste jogo de ping-pong entre os grandes partidos, Portugal saiu sempre a perder e mesmo assim continuamos a acreditar nos mesmos, transcende a falta do pensamento crítico.
DINAMIZAR AS EMPRESAS PORTUGUESAS
A destruição das pescas e da agricultura, feita durante o governo de Cavaco Silva, onde se pagou para abater frotas e transformar os campos agrícolas em desertos, fez com que a produção nacional desses bens apenas cubra 26% das nossas necessidades. Fruto disto, a difícil dinamização dos produtos nacionais face aos importados, pois quem estará disposto a pagar mais por um bem nacional em vez de comprar um bem importado mais barato?
As empresas portuguesas, principalmente as pequenas/médias têm um único problema ou um problema principal: falta de competências de gestão. Esta falta de competência aplica-se a cerca de 85-90% das pequenas/médias empresas. A solução principal passa por tornar as empresas mais competitivas e mais produtivas. Para as tornar mais competitivas terá que se apostar na competitividade da diferenciação e da resposta, e não apenas, como é comummente apostado em Portugal, na competitividade dos custos. Em relação à produtividade teremos que analisar os diversos factores de custo, para priorizar quais os custos deverão ser reduzidos para, sem alteração do output, aumentar a produtividade; novamente a tendência para apontar apenas aos custos de pessoal é extremamente redutora.
Temos de dinamizar as empresas portuguesas, fazê-las crescer, torná-las competitivas e produtivas impulsionando o funcionamento do mercado interno. Ao dependermos demasiado de produção estrangeira, o que vai acontecer é o que já acontece agora, a torneira fecha e nós acarretamos com as dificuldades porque não somos minimamente auto-suficientes.
CONCLUSÃO
Há muito mais a referir, tanto que me entristece ver este meu país cair num buraco, onde não podemos assinalar como culpados apenas o PS e PSD, mas também nós, enquanto votantes, que temos a capacidade para mudar, de exigir mais e melhor para todos, mas insistimos na esperança vã que a solução está na alternância entre o Rosa e o Laranja… há mais cores, há mais soluções, há alternativas! São mais de 30anos deste Ping-pong político que nos avassala constantemente, que não estende a sua visão para além do seu próprio umbigo.
No dia em que for feita a cruz, pensem que é no meu, no vosso e de quem está para vir, o futuro que estão a hipotecar!
Ter em atenção na questão da abstenção, votos em branco ou nulos pois infelizmente as leis que regem o processo eleitoral ditam que ganha quem tiver mais votos, independentemente do número de votos em branco, nulos, ou a percentagem da abstenção…
TODA A MUDANÇA É UM RISCO, MAS É NA MUDANÇA QUE ESTÁ A BASE DA INOVAÇÃO!
Discurso do Professor Carlos Coelho no Prós e Contras espelha bem o valor da nossa classe política:
http://www.youtube.com/watch?v=GHtI8GEaXpY

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