PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS

PORTUGAL GLORIOSA PATRIA DOS LUSITANOS
LUSITANOS LEVANTAI DE NOVO O ESPLENDOR DE PORTUGAL

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Não esquecer o Santo Condestável,nem o nosso Portugal.

Foi a, 1 de Abril( embora tenha passado esta data, ela deve ser sempre lembrada), que faleceu o nobre e intrépido Nuno Álvares Pereira no ano de 1431.

Faço daqui uma saudação aos meus camaradas nacionalistas que irão hoje estar em Aljubarrota para reafirmarem os seus ideais, perfilhados por este nosso ilustre antepassado, e reafirmarem o juramento já feito o ano passado.
Fisicamente não me será possível encontrar-me no seu seio, mas estarei em pensamento.

É de aproveitar, pois, que se relembre um pouco da história da personagem, dos seus feitos, e, acima de tudo, da sua lição de vida!
Nuno Alvares Pereira nasceu no dia 24 de Julho de 1360 no seio de uma pequena família fidalga e foi educado como um verdadeiro cavaleiro. Logo aos 13 anos entrou para a corte de S.A.R D.Fernando, sendo escolhido para escudeiro de D.Leonor Teles. Desde logo se notaram as suas qualidades: um intenso fervor patriótico e um génio militar. Casou-se aos 16 anos por imposição do pai com D.Leonor de Alvim, de quem teve 3 filhos.
Com a morte de D.Fernando, a independência de Portugal esteve em risco e é nesse período que Nuno Alvares Pereira vai empenhar um papel decisivo.

Durante o período da regeneração esteve sempre ao lado de D.João I. A sua primeira vitória militar foi na batalha de atoleiros em 1384. Em 1385 D.João I é aclamado Rei de Portugal e Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino.

A luta contra Castela e os traidores de Portugal continua.

Em 14 de Agosto de 1385 dá-se a batalha decisiva: Batalha de Aljubarrota. A desigualdade dos dois exércitos era por demais evidente. Do lado de Castela haveria cerca de 5000 lanças (cavalaria pesada), 2000 ginetes (cavalaria ligeira), 8000 besteiros e l5 000 peões; do lado português seriam cerca de 1700 lanças, 800 besteiros, 300 archeiros ingleses e 4000 peões. O Condestável vira-se para os soldados portugueses, que assustados o ouvem: "Confiem em mim, pelos nosso avós, pela nossa Nação, pelo nosso Rei D.João e pelos nossos filhos, temos de defender a nossa terra. Se for preciso pagar este heroísmo com a vida, tal acontecerá, se esse for o nosso destino!". Os soldados acreditam cegamente no seu líder. D.Nuno Álvares Pereira reflecte e elabora o seu plano, uma estratégia de guerra que tinha aprendido com os ingleses: a tácita do quadrado. Depois escolheu o melhor local para o embate.
Os castelhanos, apesar de em maior número, quando avistam o exército português, apercebem-se da posição vantajosa dos portugueses no terreno e tentam evitar o confronto, contornando-os e, seguindo por um caminho secundário, indo concentrar-se em Calvaria. O exército português inverte a posição e desloca-se paralelamente, acompanhando os castelhanos, vindo a ocupar uma posição 3 km a sul da anterior, ficando os dois exércitos a cerca de 350 metros de distância. Para proteger a frente os portugueses cavaram rapidamente fossos e covas de lobo, que tentaram disfarçar. O exército português estava disposto numa espécie de quadrado, formando a vanguarda e as alas um só corpo. A vanguarda era comandada pelo Condestável e nela estavam cerca de 600 lanças; na retaguarda, comandada por D. João I, estavam cerca de 700 lanças, besteiros e 2000 peões. Os restantes efectivos estavam nas alas.A ala esquerda era a célebre ala dos namorados, que enfrentou bravamente os castelhanos, e a ala direita era conhecida por ala da madressilva, que, enquanto a primeira lutava, fazia chover flechas sobre o exército inimigo.
A vanguarda castelhana teria 50 bombardas e 1500 lanças, em 4 filas, e ocupava toda a largura do planalto, nas alas teria outras tantas lanças, besteiros e peões, além de ginetes na ala direita e cavaleiros franceses na ala esquerda. Os castelhanos reconhecem a dificuldade de atacar a posição portuguesa, surgindo dúvidas quanto à decisão de atacar ou não.
Estavam neste impasse quando, já ao fim do dia, a vanguarda castelhana inicia o ataque. Dados os obstáculos que encontraram, foram-se concentrando ao meio, mas com uma profundidade de 60 a 70 metros, pelo que o embate se dá com a parte central da vanguarda portuguesa. Dado o seu número, os castelhanos conseguem romper a vanguarda portuguesa, mas logo foram atacados de flanco, pelas pontas da vanguarda, pelas alas e também pela retaguarda portuguesa. Assim, face à estratégia e posição portuguesas, a vanguarda castelhana sofreu todo o impacto da força do exército português, sendo desbaratada. Por isso, apesar do maior número total das forças espanholas no combate, a vanguarda castelhana suportou sozinha toda a acção do exército português, sendo esmagada. Os restantes fugiram, em pânico, sendo ainda perseguidos. Tudo isto aconteceu em cerca de uma hora. O rei de Castela fugiu, de noite, para Santarém e daí embarcou para Sevilha.

A Batalha de Aljubarrota foi um momento alto e importante na luta com Castela, pois desmoralizou o inimigo e aqueles que o apoiavam, e praticamente assegurou a continuidade da independência nacional.


Em Outubro de 1385, em Valverde alcança nova vitória sobre os castelhanos.
Em 1411, Castela reconhece a independência de Portugal.

Nuno Álvares Pereira tornou-se rico e poderoso, mas soube dividir, com os seus companheiros de armas, grande parte das terras que lhe foram doadas. No fim da vida, teve o cuidado de repartir também pelos netos os seus domínios e títulos.

Nuno Alvares Pereira  ainda participou na conquista de Ceuta em 1415. Nunca perdeu uma batalha que fosse liderada por si. Conta-se que a sua espada, que tinha o nome de Maria gravado, lhe dava a devida protecção.

Depois de se tornar viúvo (1388) entrou para o Mosteiro do Carmo em 1423, por ele fundado, mudando o nome para frade Nuno de Santa Maria. Nos últimos anos da sua vida ajudou os pobres e os mais necessitados e o povo começou a chama-lo Santo Condestável.
Foi beatificado pela igreja em 23 de Janeiro de 1918.


Para a história, fica o seu patriotismo, o seu sacrifício e a sua espiritualidade. O Condestável é um exemplo para todos nós, pois, Nuno Alvares Pereira compreendeu que tinha chegado a hora de servir a sua Pátria, tal como um dia o tinham feito os seus avós, e fê-lo, mesmo arriscando a sua vida e a vida dos seus soldados. Foi humilde e despiu-se de todas as riquezas materiais, entrando para o mosteiro, para estar mais perto de Deus.
A ele, por certo, devemos-lhe as vitórias militares, que permitiram a independência de Portugal!

É escutando estes ventos históricos, estas almas patrióticas, esta valentia lusíada, que podemos recuperar o nosso génio lusíada... Devemos, tal como fez heroicamente Nuno Alvares Pereira , sacrificarmo-nos a nós próprios, para melhorarmos a nossa terra, mesmo que sejamos menos, poucos, mesmo contra todas as vicissitudes e adversidade, devemos lembrarmo-nos que somos portugueses. E se não formos nós a salvar Portugal, ninguém o fará.


Obrigado, Nuno Álvares Pereira! (1360-1431)

Portugal sempre.
Dever, Honra e Serviço.

Sem comentários:

Enviar um comentário